segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Histeria e a ética da conveniência

O Grêmio já deu a sua contribuição para o Inter neste campeonato. Impediu o avanço de Palmeiras e São Paulo quando praticamente já não tinha mais nada a fazer.

O Palmeiras estaria hoje na liderança com 65 pontos e o São Paulo com 64, ao lado do Flamengo. O Inter não teria, então, chance alguma de ser campeão.

Se o Inter chega à rodada final com alguma chance de título é graças aos srs. Duda Kroeff e Luís Meira.

Até a vaga na Libertadores obtida pelo Inter tem uma contribuição importante do Grêmio, que alijou o Cruzeiro da disputa e deu mais moral para o time colorado seguir na luta.

Assim, antes de reclamar e chorar, os dirigentes colorados deveriam se mostrar gratos ao coirmão.

E mais, graças ao Grêmio ninguém mais fala que a dupla Piffero/Carvalho comprometeu a campanha colorada no Brasileirão ao vender Nilmar, só para ficar em um nome.

Só pra inticar, cito ainda o zagueiro Álvaro, cedido ao Flamengo, que cresceu na competição após a chegada desse jogador. Se não acreditam, é só dar uma pesquisada. Álvaro arrumou a defesa do Flamengo.

Se o Inter tivesse realmente mantido uma política voltada à conquista do Brasileirão, por certo estaria hoje na liderança, e talvez até vencido por antecipação.

Se com tudo o que foi feito ao longo da temporada o Inter ainda assim for campeão, ninguém mais poderá contestar a filosofia de compra-vende da dupla citada.

AMADORISMO

É incrível a capacidade da atual direção gremista se superar nas trapalhadas. O time contava com meia dúzia de jogadores pendurados (entre eles Maxi, Rever e Adilson) no jogo contra o Barueri, apenas um ganhou cartão amarelo, o Fábio R.

Com um mínimo de planejamento, o time poderia ficar desfalcado ao 'natural' para o jogo do Maracanã. Mas eu desconfio que seria exigir demais de Meira, o homem forte do futebol.

Tivesse feito isso, o Grêmio jogaria naturalmente com time misto, sem maior polêmicas.

DALLEGRAVE

O Inter agiu certo ao poupar titulares contra o SP no ano passado. Havia a Sul-Americana para conquistar. Era o que restava ao Inter naquele momento. É evidente que para prejudicar o Grêmio o Inter jogaria desfalcado para perder mesmo que não tivesse nada mais em disputa. E não poderia ser criticado. Cada um que defenda seus interesses da forma que julgar mais adequada.

Na ocasião, véspera do jogo, e isso ficou registrado na coluna do Hiltor, o Arthur Dallegrave afirmou que o Inter deveria perder para o São Paulo por 1 a 0 de 'forma heróica'. E disse mais: "Na guerra, inimigo ajuda inimigo".

O respeito à instituição passa por ver o inimigo padecendo no fogo do inferno. É o que vale no futebol. O resto é pura hipocrisia e discursos oportunistas e demagógicos.

Sem contar a histeria de alguns colegas da mídia, entre eles, com destaque, o companheiro Juremir, que vai passar a semana inteira falando em ética.

A ética da conveniência.

domingo, 29 de novembro de 2009

Grêmio no olho do furacão

O meia Souza foi no embalo da torcida que gritava "entrega, entrega", se referindo ao jogo contra o Flamengo no Maracanã, e mais uma vez não pensou duas vezes antes de falar.

- O futebol dá voltas. A gente esperava que eles nos ajudassem no ano passado. É isso, o mundo dá voltas -, declarou o jogador, lembrando o jogo do Inter contra o São Paulo, que poderia dar o título nacional ao Grêmio.

No vestiário colorado, o presidente Píffero reagiu. "Ninguém quer ficar marcado por entregar um jogo", criticou o dirigente. Mário Sérgio acrescentou que ninguém joga para entregar um jogo, demonstrando fé no Grêmio na última rodada.

Está criada a polêmica. O Grêmio pode tirar o título que está na mão do Flamengo e entregá-lo ao seu maior inimigo no futebol.

O presidente Duda declarou recentemente que o Grêmio não joga para perder. Com essa determinação, o Grêmio evitou que Cruzeiro, Palmeiras e São Paulo se distanciassem do Inter na corrida pelo título e por vaga no G-4.

Agora, para cumprir sua obra de caridade o Grêmio pode ir ao Maracanã decidido a buscar a vitória, que seria a sua segunda fora de casa. Ironias do futebol, e da vida, como diria um certo filósogo que andou pelo Olímpico.

O presidente gremista, ontem, reiterou que o time sempre joga para vencer, mas deixou claro que "o Grêmio não tem mais nada a defender no campeonato" e que "ninguém vai escalar o nosso time', descartando qualquer pressão de outros interessados.

Ficou evidente que o Grêmio vai dar férias para alguns jogadores. Souza disse que vai passar a semana no departamento médico. O time será misto, um misto frio, na última rodada. É o que deve ser feito.

Afinal, só o que falta agora é alguém pretender que o jogue pelos interesses do Inter ou dos outros que brigam pelo título.

Nenhum deles faria isso pelo Grêmio. O Grêmio vai fazer a sua parte. Jogar como sempre jogou fora de casa neste campeonato.

Portanto, o Flamengo será campeão.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

O treinador e os dirigentes: um prognóstico sombrio

Falando sério (só pra lembrar Roberto Carlos), tanto faz quem será o treinador do Grêmio em 2010. Ou melhor, quem começará a temporada para cair logo ali adiante.

Em dezembro do ano passado, diante do quadro que se desenhava, com Celso Roth efetivado e mantido o mesmo comando no futebol, eu sentenciei, pressentindo o fracasso do Grêmio:

- 2009, o ano que terminou sem ter começado.

Agora, tenho o mesmo pressentimento. Não preciso de bola de cristal, búzios, carta cigana, astrologia, tarô, quiromancia (até manjo de algumas dessas coisas) para prever que teremos mais um ano ruim no Olímpico, talvez não tanto quanto este que termina com o Grêmio dando um empurrão generoso no coirmão.

Talvez até pior. Sim, porque tudo sempre pode ser pior.

Um gremista com quem conversei ontem compartilha desse pensamento. Acho até que ele é mais pessimista.

- Se o presidente Duda entregar o Grêmio, no final de 2010, ainda na primeira divisão, já estarei satisfeito -, suspirou.

Por que estou concluindo que tanto faz quem será o treinador? É por causa das opções que existem.

Sempre que conquistou algum título importante, o Grêmio contava com uma direção forte, impositiva, atuante e conhecedora de futebol. Ou era o presidente, ou era o vice de futebol, ou os dois. Exemplo: Koff/Cacalo. Basta dar uma pesquisada e todos chegarão à esta mesma conclusão. Se, junto de uma direção forte, ainda tiver um técnico com o perfil acima descrito (Felipão), o sucesso é quase inevitável.

Agora, o contrário também vale. O Grêmio, decididamente, não tem direção com perfil vencedor.

Posso até dar um crédito ao Duda, que foi jogado na poltrona presidencial muito mais para evitar que o grupo de Paulo Odone seguisse no poder. Acredito que Duda está aprendendo e que o resultado disso, se aprender rápido, pode dar frutos já no próximo ano. É difícil, mas não impossível.

Agora, ao manter o abnegado Meira no cargo, com plenos poderes ao que tudo indica, Duda se encaminha para o abismo.

Sugeri ao Duda, numa conversa rápida pela rádio Guaíba, que ele assumisse o controle, tomasse as rédeas do futebol, porque no final das contas ele é o líder maior do clube, e, se vacilar, poderá ficar marcado para sempre como um presidente perdedor. E isso para quem é filho do patrono do clube deve ser terrível.

Se é para errar, que erre pela sua própria cabeça. Não pela dos outros. É o que aconselho sempre para qualquer pessoa.

Não vejo, porém, como esse quadro se altere a curto prazo. Por isso, com essa direção, qualquer treinador tende a fracassar.

Imaginem um Marcelo Rospide tendo essa direção para lhe amparar, lhe dar sustentação. Não tem a menor chance de dar certo.

Agora, um técnico com autoridade, perfil de gerentão, pode compensar o fragilidade da direção. Me ocorre o Felipão. Talvez o Muricy. Quem sabe o Leão, mas este quer mandar demais, e manda errado.

Para concluir, uma direção de clube deve ser como uma dupla de zaga: um zagueiro afina, o outro engrossa.

A dupla gremista só afina. Por isso, diante dos técnicos que existem à disposição, e salvo alguma surpresa, vejo um futuro sombrio para o Grêmio.

PERGUNTINHAS

Se um torcedor se propõe a trabalhar de graça para o seu clube é porque acredita que pode dar boa contribuição. Não acredito que seja apenas para exercitar o poder.
Então, se esse torcedor fracassa (no comando do futebol, por exemplo), não é o caso de largar o cargo para que outro siga o trabalho em benefício do clube?
Sendo ele um verdadeiro torcedor, aquele que quer acima de tudo o melhor para o clube do seu coração, o mais lógico é que saia e deixe o caminho para outro. Ou não?
Ou a sensação de ter o poder é mais forte que o seu amor ao clube?

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

O ponto G das redações de jornal

Quem conhece uma redação de jornal, mesmo de visita, sabe onde estão as mulheres mais belas. É claro que elas se encontram por toda parte do jornal, na redação, no comercial, etc. Basta saber olhar e querer ver – há quem procure por marmanjos, gosto é gosto -, mas é na diagramação que elas se concentram, sabe-se lá por que razão.

Ah, a diagramação. É sempre um deleite, um colírio aos olhos cansados de fixar telas de computador. Nos velhos tempos, diante das ruidosas máquinas de escrever, sem tela pela frente, os olhares alcançavam os pontos mais distantes, cruzavam a redação e aterrissavam esperançosos no ponto G da redação: a diagramação.
Quando digo que tudo está piorando, não me contestem. Nos primórdios da civilização, repórteres, redatores, editores e diagramadoras (e também os diagramadores, porque nem tudo é perfeito) eram agrupados no mesmo ambiente, sem paredes, sem barreiras.
Hoje, por ação de algum arquiteto do mal, o setor da diagramação ficou em outra sala, que podemos chamar de paraíso, para onde vamos várias vezes durante o expediente. Não há dúvida que no caminho sempre podemos tropeçar numa linda coleguinha, mas é na diagramação que elas estão em maior quantidade.
De uns tempos para cá – repito, tudo está piorando -, tem aumentado o número de diagramadores e reduzido o de diagramadoras. Já circulam comentários, maldosos, de que o chefe da diagramação, antes tão criterioso na seleção de seus subordinados, boiolou. Não há comprovação, por enquanto.
Mas nós do esporte estamos de olho nele. A continuar assim vamos dar uma pressão nele. Pensamos em convidar os alegres rapazes da editoria de Variedades, mas eles parece que não estão preocupados. O fato é que restam poucas flores nesse jardim.
Por falar em flores, um colega aqui do esporte, é obcecado por diagramadoras. Se tiverem olhos verdes, melhor. Uma, tempos atrás, quase foi afogada por dúzias de pequenos vasos de flores que eram enviados diariamente pelo seu fã. Não adiantou nada, claro.
Em compensação, dizem que ele se acertou com a florista.
Por causa de outra diagramadora ele quase apanhou. Certa manhã de sábado, quando a redação fica mais deserta, ele se deslocou até a diagramação e ficou ali, debruçado na mesa, folheando um jornal para disfarçar, salivando, e encarando a coleguinha, realmente muito bonita. Nisso, ele sente a mão pesada de um gigante, o namoradinho da deusa.
- E aí, cara, encarando a minha guria? -, trovejou o gorila, logo soltando um sorriso, antes que o nosso colega desmaiasse de pavor.
Voltando ao que interessa. Apresento duas ‘princesinhas’ (elas acham essa expressão muito antiga), Janaína e Luciana. A Jana, modelo fotográfico nas horas vagas, posou com naturalidade, enquanto a Lu fingiu que estava compenetrada no trabalho.
É só por causa delas que hoje me nego a escrever sobre o desacerto com Dorival Júnior e quem pode ser o treinador do Grêmio, ou sobre as malas brancas que viajam pelo Brasil.
Ah, além de belas, são ótimas colegas.

EM TEMPO
Estamos (nós da editoria de esportes) em guerra com a ZH, não por causa de notícias, mas porque ela nos roubou uma das nossas belezuras da diagramação, a Lisiane. Tem volta, tem volta.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Mata-mata x pontos corridos

Já fui mais radical contra o campeonato por pontos corridos. Reconheço que o Brasileirão do jeito que está é bom, mas continuo gostando mais do esquema anterior, que terminava numa série de jogos eliminatórios.

Os que defendem o sistema atual argumentam que só assim se conhece o verdadeiro melhor do time. Em princípio, concordo. Na maioria das vezes é isso mesmo.

No ano passado, porém, o Grêmio foi melhor o tempo todo, praticamente. No final, desandou e perdeu para o Sâo Paulo, que foi irregular a maior parte do tempo. O São Paulo, campeão, foi o melhor time do Brasileirão de 2008? Claro que não. Foi o Grêmio.

No mata-mata, é mais fácil o time de melhor campanha ser eliminado por outro. O primeiro colocado enfrenta o oitavo em dois jogos. Ele tem a vantagem de jogar por dois empates, mas ainda assim não consegue impor sua superioridade demonstrada na fase classificatória e acaba eliminado por um clube que teve desempenho inferior anteriormente.

O oitavo classificado pode, então, ser campeão. Aconteceu com o Santos em 2002. Em 1996, o Grêmio era sexto e resultou campeão. O fato de superar adversários mais fortes na etapa de pontos corridos não faz desse time o melhor do campeonato? Ele merece menos o título que um São Paulo, que só cresceu quase no final do Brasileiro como ocorreu no ano passado?

Santos e Grêmio, exemplos acima, marcaram história no futebol brasileiro. Alguém pode apontar clube que tenha sido melhor que o Santos em 2002 (Robinho e Diego no time) e Grêmio, em 1996, do técnico Felipão? E era no tempo do formulismo, saudável formulismo.

Nesse tempo, o do mata-mata, não havia esse coisa vergonhosa de mala branca cruzando o país, conforme lembrou hoje o técnico Mário Sérgio. Talvez até houvesse na etapa classificatória (ponto corrido), mas não era essa coisa escandalosa que acontece hoje.

Mais um motivo para defender o formulismo no Brasileirão. Sem contar que pelo sistema atual só os clubes com muito poder de fogo conseguem montar grupos fortes e, portanto, mais aptos a brigar pelo título. Por isso, só dá o poderoso SP.

Ah, os erros de arbitragem na fórmula atual se diluem em tantos jogos. No mata-mata, fica mais complicado ajeitar as coisas. Um "erro" em mata-mata fica marcado com ferro em brasa.

Outro absurdo que aumenta nos pontos corridos, na reta final como agora: clubes que não têm nada a perder, como o Grêmio, podem decidir o título. São o fiel da balança.
O Grêmio, por exemplo, ajudou o Inter ao jogar com tudo contra dois candidatos (São Paulo e Palmeiras). Ajudou também o Flamengo. E mais ainda pode ajudar o time carioca - e o Inter - se jogar com força máxima no Maracanã contra o Flamengo na última rodada.

Enfim, o Brasileirão por pontos corridos corre esse risco: virar uma zorra, com decisões de gabinete influenciando diretamente nos resultados.

Teremos, então, um legítimo campeão?

EM TEMPO

Extraído do blog do Juca Kfouri:

O chefe telefona para o árbitro e diz:
"Olhe, você vai apitar o jogo X, o mais quente da rodada. Muita atenção, hein? Você sabe que se o time A perder é o fim pra ele. Já o B ainda tem lenha para queimar. Boa sorte!".

PERGUNTAR NÃO OFENDE

- Afinal, o que foi mesmo que o Dorival Júnior ganhou como técnico de futebol, além da gloriosa série B?

ATENÇÃO, ATENÇÃO:

As deusas da diagramação já foram fotografadas (vestidas, não se assanhem). Em breve aqui neste boteco.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O dilema de Mano, Iarley, Fernandão e Duda

Quando leio que o presidente Lulla defende o direito do Irã de desenvolver um programa nuclear "para fins pacíficos" (será que ele acredita nisso?), enquanto o país islâmico manifesta seu apoio para que o Brasil tenha assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, reforço minha convicção de que não devo mais meter meu bedelho na política e suas circunstâncias.

Tenho que me restringir ao futebol. Os acordos no futebol produzem resultados manipulados e até podem decidir campeonatos, mas jamais poderão determinar o fim do mundo.

Até hoje ninguém foi pego com dólares na cueca para comprar algum resultado. De vez em quando surge uma lenda de que apareceu mala preta aqui ou acolá, normalmente acolá, nunca aqui no ético futebol gaúcho.

No máximo, se vê por aí mala branca pra cá, mala branca pra lá.

Nesta reta final do Brasileirão o que mais se ouve é história de incentivo para vencer, e isso seria ético. Não concordo, é deplorável. Existe, mas é deplorável. Hoje, se recebe para vencer, um estímulo extra, mas fica uma janela aberta para mais adiante receber para perder.

Na penúltima rodada do Brasileiro teremos situações curiosas.

O técnico Mano Menezes talvez viva um dilema. Simpatizante do Inter nos velhos tempos, ele pode ajudar o clube colorado vencendo o Flamengo. O problema é que se detonar o Flamengo, o Corinthians estará ajudando o São Paulo a conquistar o título nacional mais uma vez, o que a torcida Fiel jamais aceitará. De quebra, ajuda também o Palmeiras. O pessoal vai cair na jugular do Mano.

Ou alguém acredita que só aqui no RS tem rivalidade entre os clubes?

E o Goiás? Os líderes do time são Fernandão e Iarley. Os dois podem ajudar o Inter vencendo o São Paulo no Serra Dourada. Iarley e Fernandão fizeram história no Beira-Rio. Isso vai pesar, claro. Sem contar a mala branca, ou as malas brancas, que eles irão receber para vencer o SP.

Mas tem o outro lado: Iarley foi praticamente mandado embora, saiu chorando. Fernandão foi rejeitado por Fernando Carvalho. E agora?

São questões interessantes. Merecem reflexão. Talvez o filósofo Paulo Autuori tenha respostas.

Existem outras ilações que podem ser feitas, como qual será o comportamento do Grêmio contra o Flamengo, no Maracanã, na última rodada. Vai jogar para ganhar, como garantiu o presidente Duda Kroeff antes das vitórias sobre dois fortes rivais do Inter, Palmeiras e São Paulo?

O futebol é mesmo apaixonante. E o bom é que o mundo não acaba por causa dele, embora alguns gremistas que conheço já estejam pensando em mudar de planeta.

EM TEMPO

O Grêmio vai contratar um técnico que está na série B se não conseguir o Dorival Júnior. Quem arrisca um palpite? Lanço dois nomes sobre a mesa enquanto mando baixar uma rodada de chopp: Paulo Bonamigo e Ivo Wortman. A propósito, dois reforços para 2010: Ivo, do Juventude, e Anderson, volante do Campinense, que está caindo para a série C. E segue o baile.

ATENÇÃO, ATENÇÃO

Ainda nesta semana, duas belas coleguinhas vão adornar este boteco. O que eu não faço para aumentar a clientela?

domingo, 22 de novembro de 2009

Inter cresce e Roth morre, de novo, na praia

"Eu já sabia", esbravejou o Gremista Colérico aqui do Correio do Povo quando Giuliano fez 1 a 0 para o Inter, após belíssimo lance de muita técnica de Alecsandro, o atacante tão injuriado e injustiçado pelos colorados.

Ele está longe de ser um Nilmar, mas é um goleador.

Foi só o Inter abrir o placar que outro gremista, o Gremista Poltrão - aquele que tomou três lexotan e mais um litro de chá de camomila (já contei aqui) antes de Inter x Barcelona só para não ver o Inter ser campeão do mundo, título que ele não reconhece porque não viu -, saiu de maneira furtiva da redação, enquanto os colorados festejavam ruidosamente.

Terminado o jogo, grande vitória do Inter, que agora tem até condições de brigar pelo título, fiquei pensando: "Será que depois dessa ainda terei de aguentar mensagens de gremistas elogiando Celso Roth, o técnico que mais treinou clubes grandes e que nunca conseguiu um título nacional sequer"?

Roth chegou a dar a impressão de que agora sim o título de campeão brasileiro não lhe escaparia. Colegas e parceiros aqui do boteco, saudosos de Roth, já o elogiavam por antecipação.

Fizeram isso no ano passado, quando o Grêmio nadou, nadou e morreu na praia. Com ele, Roth.

Quem viu o jogo no Mineirão percebeu que Mário Sérgio fez a análise correta. Voltou para o segundo tempo com um leão de chácara, Gleydson, no lugar de D'Alessandro. E colocou um velocista na frente, o Taison. Se fechou e buscou os contra-ataques. Acertou também ao sacar Marquinhos e colocar Andrezinho. Só correu o risco de ficar com um a menos, já que queimou as três substituições muito cedo.

E o que fez o medroso Roth, precisando virar o jogo? Aos 21 minutos, 'corajosamente', troca alhos por bugalhos: tira um atacante e põe outro. Éder Luís por Alessandro. Aos 29, ele se prepara para colocar Rentería. Aí, o zagueiro W. Felipe se machuca e ele coloca outro zagueiro.

Afinal, um técnico medroso, faltando 15 minutos para o jogo terminar e perdendo por 1 a 0, não pode alterar sua 'estratégia' de 'perder sim, mas só por 1 a 0'. Por que não colocar Rentería de qualquer jeito, no lugar do zagueiro lesionado? Por que?

Simples, estamos falando de Celso Roth.

No vestiário, depois de sair de campo ouvindo a torcida do Galo gritar "timinho", ele ainda teve a cara de pau de dizer o Inter jogou como time pequeno, ou seja, fechado atrás.

O Inter, do tão criticado Mário Sérgio, fez o jogo certo. Quem errou, mais uma vez em jogo decisivo, foi ele, (toc-toc-toc) Celso Roth.

Em dois anos, Roth conseguiu perder cinco vezes para o Inter (pelo Grêmio e pelo Atlético).

E o pior é que ainda tem gente por aqui louquinha para ter Celso Roth de volta, no Olímpico ou no Beira-Rio. Vá entender.

DIZEM POR AÍ...

... que se o Inter for campeão, o Grêmio (seu novo amigo) é que irá colocar as faixas...

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

O técnico e a tática do quero-quero

Fosse eu presidente do Grêmio, contrataria o Silas. Sem muita convicção, é verdade.

Convicção eu tinha, e escrevi aqui assim que seu nome foi lembrado como contraponto ao de Renato Portaluppi, era sobre Autuori. Sabia que não daria certo.

De vez em quando eu acerto uma.

Descobri que Silas não está nos planos. Os doutos do Grêmio deixam escapar seu nome, estimulam a especulação. Tipo o canto do quero-quero, canta aqui e coloca o ovo ali.

Adilson é o cara, pra eles. O presidente Duda é fã do Adilson, assim como outros dirigentes e aspones. Adilson é o quarto-zagueiro de Duda na seleção do Grêmio de todos os tempos. O central é Airton. A minha dupla é Airton e Oberdan.

Se Adilson Batista não vier, Dorival Júnior é o preferido. Ele não recebe há três meses no Vasco.

Se bem que com o salário de um mês que dizem que ele ganha (uns 250 mil) dá pra sobreviver. Ou não dá?

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Show de Maxi na noite dos brigões

Se alguém ainda tinha alguma dúvida sobre se vale a pena comprar parte do passe de Maxi Lopez, o lance do primeiro gol e depois o do segundo, feito por ele mesmo, serviram para acabar com qualquer discussão.

O Grêmio não vendeu dois guris da base (Bruno Renan, é um deles) para ficar com o Souza?

Maxi é muito mais importante que o Souza. E que diz isso é alguém que criticou sua contratação. Maxi é um dos raros acertos dessa direção, especificamente do presidente Duda, que bancou o argentino com base em informações de seu filho (do Duda), que joga na Itália.

Está aí, quem sabe o filho do presidente não assume o futebol gremista?

Faça um empréstimo, mas fique com Maxi.

Agora, poucas vezes vi algo tão ridículo quanto aqueles dois marmanjos brigando à saída de campo. Me lembrei do Haroldinho nas peladas do time do CP. O que gostava de brigar, mas nunca saiu no tapa. Era só bate-boca mesmo. Não jogava nada o Haroldinho, mas era sempre o melhor trajado.

Sabem por que o Maurício cobrou tanto do Obina? É que no lance do primeiro gol, Maxi fez aquela jogada sensacional, Marcos largou a bola e Rafael Marques deu dois passos adiante enquanto seu marcador ficou paradinho, olhando a paisagem. Quem era o marcador? Obina.

No minuto seguinte o juiz encerrou o primeiro tempo. Os dois sairam de cabeça fervendo. Maurício a meu ver exagerou, chegou a dar um tapa em Obina, que retrucou com um cruzado de esquerda.

O Palmeiras foi mais uma vítima do Grêmio no Olímpico. Douglas Costa voltou a jogar muito bem, confirmando previsão do meu parceiro de boteco, o Francisco.

Agora, o time do Muricy briga apenas pelo G-4. A não ser que SP e Flamengo também não pontuem, o que não é impossível nesse campeonato nivelado pela mediocridade.

Bom para o Inter, que ganha mais ânimo para jogar no Mineirão.

O Grêmio foi digno, honrou sua história. Mas ajudou o Inter.

Vamos ver mais adiante o que terá mais peso.

Com Duda, o Grêmio não joga para perder, mas só perde

Frase do presidente Duda Kroeff no Sala de Redação de hoje, dia 18 de novembro de 2009:

- Enquanto eu for presidente o Grêmio não irá jogar para perder.

Bem, considerando que o Grêmio na atual gestão, só fez perder, pergunto:

- Quando então o Grêmio vai começar a ganhar?

Será que é a partir de agora, quando tanto faz vencer ou perder, já que mais uma vez o time fracassou na temporada, e fracassou quase sem esboçar reação ou revolta, como a pacata ovelha na hora da tosquia.

O Grêmio não jogou para perder, mas perdeu todas as competições que disputou. O Grêmio foi tosquiado sob o comando de Autuori e seus superiores. Perder faz parte, mas há maneiras de perder.

Por exemplo, quando se disputa uma Libertadores com três técnicos. Numa situação assim, aumenta a possibilidade de derrota. E quem é o responsável?

Aonde estava o presidente Duda quando seus homens do futebol decidiram contratar a peso de ouro o técnico Autuori, como se ele fosse a salvação, um deus capaz de devolver futebol e vitalidade a um Alex Mineiro?

É lógico que o presidente gremista está sendo correto e ético. Não é certo entrar em campo determinado a perder, como muita gente quer que o time faça hoje à noite diante do Palmeiras. Tudo para não beneficiar o Inter.

Quem conhece a rivalidade aqui na aldeia, sabe que não é nenhum absurdo um querer prejudicar o outro, ou deixar de favorecer. Nem chega a ser uma questão de ética, até porque há muito tempo não existe ética no futebol e no esporte em geral (doping, mala branca, mala preta, arbitragens). Vale tudo pela vitória, pelo dinheiro.

Alguém precisa dizer ao presidente que existem inúmeras maneiras de jogar para perder, sem ferir a tal ética. Bastaria poupar alguns titulares importantes, como já foi feito inúmeras vezes aqui e em outras querências.

O presidente do Grêmio, repito, está agindo honestamente ao querer vencer o Palmeiras, independente de quem possa ser beneficiado. Mas ele precisa ficar ciente do ônus político dessa decisão. Se o Inter garantir vaga no G-4 graças ao apoio, involuntário, do Grêmio, Duda será responsabilizado e o resultado poderá se refletir nas urnas no ano que vem.

Agora, mesmo que o Grêmio vença, não acredito que o Inter terá futebol para, por exemplo, evitar uma derrota no Mineirão, domingo, o que o deixará mais diante do grupo da Libertadores.

Portanto, temos que festejar a frase do presidente Duda, e torcer para que em 2010 o Grêmio continue jogando só para vencer, mas que vença.

EM TEMPO

A julgar pelos nomes que estão sendo especulados como reforços acho que mesmo sem querer o Grêmio vai seguir sem vencer, apesar da firme determinação do presidente Duda.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

O desafio do Palmeiras

Há quase um mês apontei o Palmeiras como campeão. O time estava embalado e andou contando com algumas ajudas das arbitragens. Depois, tudo mudou. O time perdeu alguns jogadores importantes, caiu de produção e não mais se recuperou.

Até os árbitros, antes simpáticos, começaram a mandar contra, como Carlos Simon contra o Fluminense, este o novo protegido dos deuses do futebol - e sabe-se lá mais de quem -, como diria o Milton Jung.

Assim, me quebrei ao apostar todas as fichas no time do Muricy.

Ainda posso acertar, mas é difícil. Se o Palmeiras vencer o Grêmio no Olímpico, o que ninguém conseguiu até agora no Brasileirão, volta a crescer e aí pode embalar, patrolando o Atlético de Celso 'morre-na-praia' Roth em casa e depois o Botafogo 'Jesus-está-chamando' no Rio.

Muricy, que desembarcou azedo no Salgado Filho, declarou que costuma 'crescer nas horas difíceis'. O Palmeiras foi líder durante quase três meses. Sentiu o bafo na nuca, como o Grêmio no ano passado, e amarelou.

Vamos ver se o time de Diego Souza e cia. consegue resistir ao calor que irá levar da torcida gremista, o melhor jogador do Grêmio neste ano. Tivesse o time um treinador melhorzinho e mais humilde, teria vencido uns dois ou três jogos a mais fora de casa e estaria brigando pelo G-4 e até pelo título. O Rospide, com certeza, teria feito melhor que o filósofo contratado pelo André Krieger.

Rospide deve começar o jogo com Adilson, Fábio 'decepção' Rochemback e Maylson no meio, com Souza mais adiantado ao lado de Douglas Costa. Na frente, o atacante que se movimenta por dois, o Maxi. Está certo o Rospide.

Agora, sem seu segundo melhor jogador, o Victor (a torcida é o primeiro, repito), o Grêmio fica mais vulnerável. Não acredito que Tcheco irá fazer falta. Ele já foi um grande jogador. Hoje, ainda se mantém pela técnica, mas está perdendo força e vitalidade.

TCHECO

É petulante o procurador do Tcheco. Pelo que ele demonstra, Tcheco só renova se tiver a certeza de que será titular. Ora, vá catar coquinhos... Que Tcheco seja feliz no Corinthians.

HUGO E BORGES

Os dois são bons jogadores, mas não levo muita fé neles. O Hugo tem um futebol meio indolente, pouco comprometido, por isso nunca conseguiu ser titular no SP. Mas é grande reforço para o grupo principal, não para titularidade absoluta.Borges é mais um atacante. Antes dele, sou mais o Val Baiano, o William. São do mesmo nível, ou melhores, e mais baratos. Se for verdade que ele vai receber 170 mil por mês, bem, aí é o fim da picada. Melhor que o Borges é o Alecsandro, tão criticado pela torcida colorada.

DIZEM POR AÍ...

... que a torcida do Palmeiras será maior que a do Grêmio nesta quarta-feira no Olímpico e em todo o Estado.

EM TEMPO

Agradecimentos a todos que manifestaram solidariedade à minha pessoa no embate com o atual técnico colorado.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Mário Sérgio x Ilgo

Desde que ingressei com uma ação contra o sr Mário Sérgio, em fevereiro de 2005, evitei tocar no assunto publicamente. Costumo ser discreto. Não costumo expor minhas questões particulares, até mesmo aos mais chegados.

Hoje, diante de manifestações recentes do atual técnico do Inter e também provocado por alguns colegas e parceiros do boteco, volto ao assunto. No dia 8 de fevereiro daquele ano escrevi a coluna DE PRIMEIRA, nas férias do Hiltor.

Contexto: o Grêmio ia mal no Gauchão, sob o comando do técnico (?) De León, e pelo diretor de futebol remunerado sr. Mário Sérgio, contratado pelo sr. Paulo Odone para armar o time que tinha como objetivo voltar à primeira divisão. Havia pouco dinheiro, o que realmente afetava o trabalho do diretor profissional na busca de reforços de qualidade. O grupo era fraco mesmo. Para montar aquele time não precisava pagar um dirigente.

Minha crítica na coluna era destinada à direção, ao presidente do clube, sr. Paulo Odone, por ter gasto com um diretor profissional em plena crise financeira.

Desconfio que alguém botou pilha no sr. Mário Sérgio.

Confiram a coluna na íntegra:

AMADORISMO JÁ
Por mais que me esforce, pense na modernização do futebol, na profissionalização de dirigentes, não consegui ver até agora nenhuma vantagem no diretor remunerado Mário Sérgio sobre os que o antecederam nos últimos tempos no Olímpico, sem nada receber em troca, a não ser críticas e vaias.
Considerando que o Grêmio atravessa uma situação econômica angustiante, vivida também pelos homens que comandaram gratuitamente o futebol do clube nos últimos dois anos, e levando em conta a relação custo-benefício, não vejo razão palpável para continuar com esse profissionalismo, que custa caro hoje e que se encaminha para custar ainda mais caro em pouco tempo.
Diante disso, sugiro que o cargo de diretor remunerado seja extinto e que o comando do futebol volte a ser de um amador, algo que nunca impediu o Grêmio de conquistar títulos.
COMPETÊNCIA O que leva um clube a grandes vitórias e a títulos é a competência, passando pela organização e pelo planejamento, além de uma dose de sorte. Com uma estrutura eficiente e algum dinheiro, se consegue fazer um time competitivo, com ou sem dirigente remunerado.
EQUÍVOCO No caso específico do Grêmio, que não tem dinheiro, considero um equívoco gastar o pouco que há em caixa para pagar um diretor de futebol. Tal despesa, que não deve ser pequena, só teria justificativa se o profissional contratado fosse capaz de montar um grupo de qualidade em pouco tempo e sem dinheiro. Claro, aí deveria receber até mais.
CONTRATAÇÃO Com o que se paga ao Mário Sérgio, profissional correto e trabalhador, o Grêmio poderia contratar um meia realmente talentoso.



Depois dessa coluna, silêncio. No dia 11, uma sexta-feira, em São Gabriel, o Grêmio, que vinha perdendo, bateu o time da casa. No meio da euforia pela vitória, veio o desabafo surpreendente do sr. Mário Sérgio, atacando este que vos escreve, através de quatro emissoras de rádio da Capital.

Era perto da meia-noite quando o Reche me ligou. Ele estava no estúdio da Guaíba e queria me colocar no ar com o sr. Mário Sérgio. Ocupado com o baixamento do jornal e com a coluna de domingo, recusei o convite. Sem contar que estava perplexo, chocado com tanta agressividade, passando de microfone em microfone. Eu pensava: "Pô, perder tanto tempo com um interino depois de uma vitória..."

QUESTÃO DE ORDEM: eu era setorista do Inter quando ele foi contratado, em 1978 ou 79. Tinha ótimo relacionamento com ele, um sujeito, então, afável, de bom papo, inteligente. Que ironia! Ah, e na época nós dois éramos barbudos e cabeludos. Faz tempo...

Abaixo, trechos extraídos da conversa na rádio Guaíba, mais ou menos no mesmo tom das demais entrevistas:

"Vocês sabem, então, são contribuições que vocês tem que respeitar, não é só vocês não, são todos da imprensa tem que respeitar, deixa eu só terminar depois tu podes falar o que tu quiser, então, contra vocês contra .... eu não tenho nada, vocês podem fazer o que vocês quiserem. O menino, o rapaz veio falar pra mim agora que eu fiz uma colocação outro dia e foi até para você se não me engano, você falou assim: "E se o Presidente te desprestigiar?" e eu falei que não vou morrer de fome, o cara vem dizer que foi o maior debate na rádio, eu não ouvi, todos me criticaram porque eu disse que eu não estava nem ai para o Presidente me prestigiar ou não, então os caras deturpam é aquela vírgulazinha na Redação que muda todo o sentido da frase, então parece que é um negócio tendencioso e eu não entendo porque, eu não vim aqui para roubar espaço de ninguém, se alguém da imprensa quiser trabalhar no meu lugar, vai sentar lá no escritório. ESSE MENINO DO CORREIO DO POVO QUE SÓ FALA MERDA, DA COLUNA, SE ELE QUISER...
REPÓRTER - Quem, quem...?
MÁRIO SÉRGIO - EU NÃO SEI O NOME DELE, PORQUE ELE É DESCONHECIDO, ELE TÁ NA RESERVA DO MOMBACH, É BANCO DO MOMBACH, ESCREVEU UMAS BOBAGENS LÁ.
REPÓRTER - É o Ilgo Wink...
MÁRIO SÉRGIO - É ESSE BABACA AÍ, ESSE BABACA, ENTÃO ELE QUE VENHA AQUI DIRIGIR, SENTA LÁ NO MEU LUGAR E DIRIJA, FAÇA O SEGUINTE, FAÇA PELO RIO GRANDE DO SUL O QUE EU E O DE LEON FIZEMOS, ELE NÃO FEZ MERDA NENHUMA PELO RIO GRANDE DO SUL, ELE SÓ FEZ ESCULHaMBAR O RIO GRANDE DO SUL, SÓ SABE APODRECER O RIO GRANDE DO SUL E AFASTAR O TORCEDOR DO CAMPO, NÓS ESTAMOS AQUI LUTANDO JUNTO COM O TORCEDOR PRA RECUPERAR UMA COISA QUE NÓS NÃO FIZEMOS, NÓS BOTAMOS O GRÊMIO LÁ NO TOPO, CAMPEÃO DO MUNDO, E ELES JOGARAM NA SEGUNDA DIVISÃO E NÓS ESTAMOS TENTANDO AQUI É TRAZER O GRÊMIO DA SEGUNDA PARA A PRIMEIRA, ENTÃO NÃO É BRINCADEIRA ISSO NÃO, ENTÃO NÃO VEM BRINCAR COM O MEU NOME NÃO, QUEM É ELE PARA FALAR DE MIM, ELE NÃO TEM GABARITO PRA FALAR DE MIM".
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"NÃO, VEJA BEM, EU NÃO TÔ FALANDO. O CARA CHEGA E COLOCA COMO SE FOSSE VERDADE ABSOLUTA NUMA COLUNA "QUE VOLTE O AMADORISMO", ENTÃO, DIZENDO QUE PELO FATO DE EU SER UM PROFISSIONAL QUE ESTOU AI, QUE NÃO TINHA RESULTADO, ISSO É EXTREMAMENTE INJUSTO.
RECHE - Agora eu estou me lembrando do tópico.
MÁRIO SÉRGIO - SEM CRITÉRIO NENHUM, PORQUE QUEM LEVOU O GRÊMIO À SEGUNDA DIVISÃO, Ô BOBÃO, FOI OS AMADORES, FOI OS ABNEGADOS QUE NÃO SABEM NADA DE FUTEBOL RAPAZ, E EU SÓ NÃO FIZ UM PUTA TIME AQUI PORQUE EU NÃO TIVE UM TERÇO DO DINHEIRO QUE ELES TIVERAM E JOGARAM FORA, PORQUE SENÃO NÓS TERÍAMOS AQUI UM BAITA TIME HOJE, E O TIME QUE TEM AQUI É GRAÇAS SABE A O QUE? A MINHA AMIZADE COM EMPRESÁRIOS, COM DIRETORES DE CLUBES QUE FAZEM COM QUE, EU NÃO PRECISE PAGAR NADA, QUE EU NÃO DISPONIBILIZE NENHUMA QUANTIA EM DINHEIRO PARA PEGAR OS JOGADORES POR EMPRÉSTIMO, ENTÃO ELES VEM AQUI POR SALÁRIOS BAIXOS E TENTAM JOGAR FUTEBOL, ENTÃO DENTRO DO MERCADO EU SÓ CONSEGUI, O GRÊMIO SÓ CONSEGUIU TER UM TIME HOJE PORQUE EU TENHO PRESTÍGIO DENTRO DO MERCADO. ENTÃO ESSE CARA TEM QUE RESPEITAR, NÃO PODE DAR PORRADA DE GRAÇA NÃO, NÃO SOU CONTRA A CRÍTICA DO DIA-A-DIA NÃO, EU SOU CONTRA DETURPAREM O QUE EU FALO, PRIMEIRO PONTO, A CRÍTICA, O CARA PODE NÃO CONCORDAR COM O MEU TRABALHO, AGORA QUERER ME MENOSPRESAR, ME HUMILHAR, QUE ISSO, QUEM É ELE RAPAZ, ISSO É UM PORRA DE UM ZERO À ESQUERDA, UM BABACA.
RECHE - O Mário, deixa eu te contar, o Ilgo Wink é um grande jornalista, tem 40 anos de profissão.
MÁRIO SÉRGIO - ELE PODE SER ENORME, PODE SER GORDO, GRANDE...
"E AÍ O CARA CHEGA NA COLUNA E SENTA A BUNDA NA CADEIRA, TÁ LÁ TOMANDO O WHISQUIZINHO DELE FALA "A VOU DAR UMA PORRADA NESSE OTÁRIO", SÓ QUE EU NÃO SOU OTÁRIO, NÉ."

Diante do relatado acima, entrei com ação judicial (advogado Marco Chagas, do Sindicato dos Jornalistas) contra o sr. Mário Sérgio. A ação foi até o STF, que decidiu a meu favor. O valor ficou bem abaixo dos 25 mil citados pelo sr. Mário Sérgio, representado então por um conceituado escritório de advocacia.

Parte do dinheiro foi doado a uma instituição espírita de Porto Alegre.

Fim de papo. Um chopp pra distrair, mas só depois do serviço.

domingo, 15 de novembro de 2009

Herrera e a mãozinha gremista

Durante toda a temporada, Herrera só decepcionou os gremistas. Sábado, ao marcar o gol de empate contra o Cruzeiro, o argentino caiu em desgraça.

Na redação do CP, os gremistas estavam revoltados, mais ou menos repetindo o que tenho recebido por e-mail: pau no Herrera.

'Ele passa o ano inteiro errando e quando não precisa ele faz', reclamou um gremista.
Tudo porque o gol de Herrera fez o Inter renascer.

O time foi pra cima do Santos com uma disposição poucas vezes vista nos últimos tempos. Venceu por 3 a 1 e entrou no G-4. Mais um pouco e garante vaga na Libertadores de 2010.

Com ajuda do Grêmio.

Na verdade, o Grêmio fez a sua parte. Jogou com dignidade, e mesmo com dois expulsos não desistiu e buscou o empate no finalzinho.

Neste domingo, o Inter fez a parte que lhe cabia. Precisa vencer e venceu. Não foi só o gol de Herrera que proporcionou essa situação. O Atlético, do Roth, perdeu; e o Cruzeiro, do Adilson, cedeu o empate para um time que teve dois jogadores expulsos. Não teve capacidade de garantir a vantagem. E há quem queira o Adilson no Olímpico...

Agora, o Inter terá uma pedreira pela frente: vencer o Atlético no Mineirão, domingo. Jogo de seis pontos, inimigo direto na briga por vaga no G-4. O presidente do Atlético promete guerra.

Na véspera, no sábado, o Cruzeiro pega o Atlético-PR, em Curitiba. Correndo por fora, o Avaí. Quer dizer, tudo indefinido. Inclusive sobre o título.

O São Paulo é o favorito. Tem dois pontos de vantagem faltando três rodadas. O Palmeiras terá conseguir o que ninguém conseguiu no Brasileiro: bater o Grêmio no Olímpico. Deve perder ou no máximo empatar.

O Flamengo segue crescendo e tem todas as condições de tirar o título do Brasileiro dos paulistas.

DIZEM POR AÍ...

... que a condição do Luxemburgo para assinar com o Inter é o time colorado garantir vaga na Libertadores de 2010.

EM TEMPO

Curioso: o perigoso atacante Val Baiano, goleador do Barueri, foi 'punido' com dois jogos. Só voltou contra o Botafogo, que luta para não ceder seu lugar ao Fluminense e, portanto, não cair para a segundona. Eu sou adepto de uma teoriazinha da conspiração. Vejo um esforço grandioso para salvar o Fluminense do rebaixamento.

QUESTÃO DE ORDEM

A direção do Grêmio pode terminar o ano com um nobre motivo para festejar: contribuição para o coirmão conquistar uma vaga na Libertadores.
Pelo menos vai 'festejar' alguma coisa. Talvez o pessoal até seja homenageado na festança dos 100 anos.

sábado, 14 de novembro de 2009

Rospide é melhor que Autuori

Marcelo Rospide pode não ser melhor que Autuori, mas não deve nada para o enfaixado treinador, que encheu os bolsos de dinheiro em sua rápida – felizmente – passagem pelo Grêmio e conseguiu o grande feito de vencer apenas um jogo fora de casa em todo o campeonato brasileiro.

Gostei de Rospide quando ele colocou Maílson em substituição a Rever. Jogador importante em seleções brasileiras de base, Maílson foi ignorado por Autuori. O guri entrou bem. O time passou a dominar o Cruzeiro. Manteve uma disputa equilibrada em pleno Mineirão. Depois, quando ele colocou Herrera para reforçar o ataque, voltou a acertar. O maior mérito de Rospide foi admitir que fora de casa o time precisa ser mais cauteloso, respeitar mais o adversário, e jogar explorando contra-ataque.

O Cruzeiro fez 1 a 0, pênalti cometido por Victor. O Grêmio ficou um pouco perturbado. Dois jogadores foram expulsos, e justamente. Com dois a menos, o empate no finalzinho fez justiça ao que aconteceu em campo.

Maxi Lopez foi valente, peleador, fez boas jogadas e deu o gol para Herrera, que se atrapalhou pra variar, mas conseguiu marcar. Maxi é imprescindível. É um ótimo atacante. Deve ser contratado. É uma das poucas coisas boas que restam neste ano de 2009, o ano que, conforme escrevi em dezembro passado, terminou sem ter começado. Foi fracasso sobre fracasso.

Por falar em fracasso, o que dizer de Celso Roth? Mais uma vez, na reta de chegada, o cavalo paraguaio demonstra cansaço. Perdeu para o Coritiba ao natural. A continuar assim, corre o risco de ficar fora do G-4. Logo o Atlético que teve a liderança em suas mãos em várias oportunidades. Já vi esse filme.

O Inter tem tudo para crescer na competição. Os dois times mineiros patinaram. Se vencer o Santos, pode brigar por uma lugar na Libertadores. E com uma mãozinha do Grêmio. Agora, não vejo como o Inter vencer o Santos.

DIZEM POR AÍ...

... que depois de ceder o empate para um Grêmio com dois jogadores a menos o técnico Adilson Batista deixou de ser favorito à sucessão de Autuori.

EM TEMPO
São 22h, agora vou lá pro boteco Natalício, nosso concorrente, tomar uma geladas que ninguém é de ferro. Prometo brindar à saída do filósofo.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Candidatos não empolgam

Todos os nomes que estão sendo mencionados como prováveis técnicos do Grêmio em 2010 não entusiasmam. Tanto que não há unamidade. Enquetes feitas aqui e ali apontam Marcelo Rospide como o preferido de uma maioria pouco representativa, mas uma maioria.

E isso só prova que realmente nenhum dos candidatos à sucessão de Paulo 'filósofo' Autuori chega a empolgar. O pessoal lembra do Rospide que pegou o Grêmio no início da Libertadores, manteve o time de Celso Roth e, com o apoio e a solidariedade dos jogadores, fez boa campanha. Por isso, seu nome é lembrado.

A campanha do Grêmio B, na Copa Dallegrave, não é lembrada ou considerada pelos torcedores. O time foi mal, está eliminado. É ali que Rospide tinha que provar o seu valor. Ele tem agora outra boa oportunidade nessa reta final do Brasileiro.

Imaginem, por exemplo, se o Grêmio vence o Cruzeiro no Mineirão. Seria a segunda vitória fora de casa, e ainda em cima do técnico mais cotado para assumir o time na próxima temporada. Rospide aumentaria seu já elevado conceito entre os gremistas. Ao mesmo tempo, ajudaria a chamuscar a imagem de Adilson Batista.

Por outro lado, os gremistas querem vencer o Cruzeiro? Uma vitória sobre o time mineiro ajuda o Inter, que se bater o Santos volta a crescer na parada.

Entre os vários nomes citados até agora, confesso que nenhum realmente me empolga. Eu gostaria que fosse um treinador capaz de montar uma equipe. É disso que o Grêmio está precisando.

Nesse caso, Silas surge com destaque. Ele armou o bom time do Avaí. Outro com esse perfil é o Estevam Soares, que fez o time do Barueri e está salvando o Botafogo do rebaixamento.

Mas não me entusiasmo com nenhum deles também. Seriam apostas.

Tem o Dorival Jr. É outra aposta. A seu favor o fato de ter o respaldo do Felipão, que o chamou para jogar no Grêmio na década passada. Parece um técnico sério e competente.

Adilson Batista não me agrada. É um treinador que muda muito o time. É criticado por isso. Sua passagem pelo Grêmio não foi das melhores. No Cruzeiro, conquistou um campeonato regional e o vice da Libertadores, isso em dois anos. É pouco. O problema é que alguns dirigentes são apaixonados por ele.

Outro nome especulado é o de Ivo Worthmann. É outro profissional sério. Não é melhor nem pior que os já citados.

Tem ainda o Paulo Bonamigo, que andou fazendo bons trabalhos por aí. Mas agora anda meio sumido. É um técnico competente, identificado com o Grêmio.

Renato Portaluppi, que liderava todas as pesquisas quando Roth saiu, hoje não é tão lembrado pela torcida. Não acho que ele tenha o perfil de formador de equipe.

Lembram, também, do Caio Jr., que anda no Qatar, se não me engano.

A realidade é que todos são apostas. Inclusive alguns são apostas que cobram caro.

Se é para pagar caro, então que se invista no Muricy Ramalho, nunca nesses técnicos emergentes e de escassas faixas de campeão.

Resumindo, para não ficar em cima do muro, considerando também custo/benefício, eu apostaria no Silas. Imagino que ele não deva ser tão caro quanto o Dorival ou o Adilson, que andam na faixa dos 250 mil.

Ou então é jogar a camisa para cima para ver quem pega.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

As arbitragens e as menininhas

Numa entrevista tempos atrás, o ex-juiz Edílson Pereira de Carvalho (aquele do esquema de apostas e manipulação de resultados) ensinou que não é preciso ‘errar’ em lances capitais para ajudar ou prejudicar um time.

Muitas vezes, para não despertar suspeita, basta cometer pequenos ‘erros’, como inversão de faltas, distribuição de cartões amarelos, etc. Com isso, o juiz consegue minar o ânimo dos jogadores do time que ele quer prejudicar. O jogador fica irritadiço e acaba se excedendo, e vai pra rua mais cedo.

Lembrei disso ontem durante o jogo Palmeiras x Sport. Antes, uma observação, se o Sport jogasse sempre o que jogou no primeiro tempo estaria disputando o título brasileiro; se o Palmeiras jogasse o que jogou, estaria na zona de rebaixamento.

Vamos ao que interessa: o árbitro goiano Elmo Cunha, aos 22 do segundo tempo, expulsou o melhor zagueiro do Sport, e o mais alto, Durval. Até aí, nada de anormal.

Ocorre que minutos antes, um jogador do Sport quase foi operado por um jogador do Palmeiras, ali pelo meio de campo. Era lance para cartão amarelo, que, aliás, o juiz distribuía com facilidade para os pernambucanos. Durval correu para reclamar, e reclamou com veemência, cobrando um amarelo. Ele, Durval, recebeu o amarelo por reclamar com absoluta razão e justiça. Depois, num lance banal, recebeu o segundo amarelo e foi expulso.

Lembrei na hora dos ensinamentos do mestre Edílson.

Esse foi o grande ‘erro’ do juiz na partida. O gol reclamado pelos pernambucanos foi legítimo. Granja, o moscão, dava condições para Danilo marcar. O bandeirinha agiu corretamente e salvou o juiz da morte, porque ele seria linchado. O juiz apitou anulando a jogada, mas ao ver que seu auxiliar corria para o centro do campo, recuou. E é um direito dele recuar. Só tem um problema, o goleiro Magrão ficou parado após o apito. Mas era um tiro à queima-roupa, dificilmente poderia defender.

(aliás, que baita goleiro esse Magrão!)

Temos aí, uma contradição? Se aparentemente ele, o juiz, queria ajudar o Palmeiras (a questão da expulsão), por que anular o gol de Danilo? Elementar meu caro Watson, é que o lance do Danilo à primeira vista foi um impedimento grosseiro. Agora, longe de mim duvidar da honra desse juiz. A pressão era grande. E todos somos suscetíveis às pressões.

O fato me remete de novo ao Carlos Simon e sua trágica performance em Flu x Palmeiras.

Simon sempre foi um juiz que deixou o jogo correr. Nunca foi de marcar agarrões nem de zagueiro nem de atacante. No gol de Obina, ele apitou antes do cabeceio, como se isso o absolvesse. Vi e revi a jogada (tem um vídeo em que o Cajuru bate pesado e repete o lance inúmeras vezes).

A falta do zagueiro sobre Obina é flagrante desde que a bola chega ao jogador que cruza. Ele está agarrado no Obina, com seu braço direito ostensivamente no pescoço do atacante. E tudo isso de frente para o Simon, que está a uns dez metros da jogada.

Por que Simon não marcou pênalti quando a bola foi alçada? Até o pipoqueiro fora do estádio viu o agarrão do marcador. Já o agarrão do Obina (se houve foi rápido e sutil) o Simon viu. Quer dizer, ele viu o que ninguém ou quase ninguém viu.

Já o lance que todos viram, ele desprezou. Ou não viu.

Nem vou comentar o lance (também agarrão na área) do pênalti sobre o Danilo, que o Simon não marcou. Temos aí um descritério, ou ele estava com a visão bloqueada.

Nunca mal intencionado, claro. Se ele tivesse visto, como viu o ‘agarrão’ de Obina, ele por certo marcaria.

O Cajuru, que continua muito louco, lembrou um detalhe interessante: Havelange é presidente de honra do Fluminense. Havelange é o presidente de honra da Fifa. Simon é o juiz do Mundial/Fifa.

São coincidências, que, como vocês sabem, acontecem na vida de todos nós.

Para finalizar: se os árbitros começarem a marcar todos os agarrões nas áreas nunca mais haverá gol de cabeça, porque o que mais tem no futebol, hoje, é agarrão.

Homem pegando homem.

Ah, a frase do dia, do goleiro Marcos, tentando explicar o péssimo momento do Palmeiras:

- Tem jogador que só pensa em pegar menininha.

Depois dessa, a saideira. Bem gelada.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A cara do Grêmio: uma cara que incomoda

Meu velho colega do Correio do Povo, o hoje prestigiado colunista da Zero Hora, Wianey Carlet, tem conseguido me irritar nos últimos dias.

Não costumo trazer aqui para as mesas do boteco meus aborrecimentos em relação a colegas, mas perdi a paciência. Em sua coluna de hoje, o Wianey bateu de novo na mesma tecla: os gremistas não querem o Autuori porque ele não tem a cara do Grêmio.

Escreve isso com desdém, quase debochando.

- Onde já se viu não gostar de um técnico por que não tem a cara de um clube. E um clube tem cara? -, parece perguntar.

Wianey, que é um sujeito muito inteligente – digo isso porque trabalhei muito tempo com ele no CP, onde ele foi repórter e depois assumiu a coluna que hoje é do Hiltor -, só pode estar se fazendo de salame (um dia vou descobrir a origem dessa expressão).

Ele não pode ignorar o fato de que Autuori fracassou no Olímpico. Wianey, anote aí: AUTUORI FRACASSOU NO OLÍMPICO. Com ou sem cara do Grêmio.

O aproveitamento desse técnico tão valorizado no mercado foi ridículo, principalmente para alguém com um currículo tão resplandecente. Ele atingiu apenas 46% de aproveitamento, um percentual um pouco superior ao de Mário Sérgio, e abaixo do obtido por Tite, detonado por boa parte da crônica esportiva em função disso, dos seus resultados.

No futebol, como em qualquer atividade, o que pesa são os resultados. Não o tal “desempenho”, expressão repetida pelos técnicos que não conseguem vencer.

Caro colega, a torcida do Grêmio só começou a vaiar o Autuori depois que os resultados negativos foram se amontoando, a ponto de muitos torcedores sentirem saudade de Celso Roth. Ignorar isso é desprezar demais a inteligência do torcedor.

Agora, sobre a cara do Grêmio. Realmente, Autuori não tem a cara do Grêmio. Escrevi isso antes mesmo de sua contratação. Não gosto de treinador que não tem postura vibrante à beira do campo, que fica ali parado como um poste no qual os cães urinam. Gosto de técnico que vibra e joga com o time, que demonstra interesse, participação. Não precisa gritar como uma rainha louca ou ser estúpido e mal-educado.

Precisa ter atitude, para poder cobrar atitude de seus jogadores.

Gosto de treinadores com esse perfil, com essa cara, em qualquer clube. Em especial no Grêmio. Não sei se outros clubes têm cara, mas posso assegurar que o Grêmio tem cara. E é uma cara respeitada em todo o país. É uma cara esculpida com o aprendizado de derrotas e de conquistas, marcada por tristezas e alegrias.

É uma cara centenária. Sim, o Grêmio tem cara, e não é a cara contemplativa de Autuori.

É a cara de uma torcida guerreira e vibrante. Não fosse ela, o Grêmio com Autuori poderia hoje estar amargando uma luta contra o rebaixamento. Com a torcida, que ajudou a moldar a cara do Grêmio, o time venceu quase todos os jogos em casa, aplicou goleadas e se tornou ainda mais temível em seu território.

Longe do Olímpico, conseguiu uma vitória apenas, e sobre um adversário frágil, o Náutico. E tudo porque tinha no seu comando um treinador de postura passiva, pretencioso e incapaz de armar um time competitivo o suficiente para compensar a distância de sua torcida, que, em razão disso, se tornou seu melhor jogador no campeonato deste ano, levando o time, seu técnico e sua direção nas costas.

Se alguém ainda não sabe qual é a cara do Grêmio é porque não fixou seus olhos nas arquibancadas coloridas de azul, branco e preto de um Olímpico que parece rugir como um leão faminto diante de sua presa assustada.

O Grêmio, decididamente, não é o melhor lugar para alguém como Autuori.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Os ventos começam a soprar a favor no Olímpico

Autuori já era. É só uma questão de saber quanto o Grêmio vai receber para liberá-lo. Sinto que os ventos estão mudando, soprando a favor. Imaginem, livrar-se de Autuori e ainda receber uma compensação financeira.

Eu já estava levantando um dinheiro aqui com os parceiros do boteco para comprar uma passagem de ida para Qatar. Duas, porque o Renê Weber, que fracassou no Juventude no começo do ano, também deve partir.

Mais uma tese minha que se confirma (as que dão errado eu esqueço). Quando o sr. André Krieger anunciou que esperaria por Autuori até o fim dos tempos (exagero) eu escrevi aqui que ele não era o mais indicado para o cargo.

Nunca me esqueci - principalmente, os colorados não esquecem - aqueles 4 a 0 do Juventude no Inter, em pleno Beira-Rio lotadíssimo, pela Copa do Brasil. Até hoje todos, eu disse todos, os colorados que conheço odeiam o Juventude por causa dessa goleada histórica.

Quem era o técnico? Quem?

Ainda assim o sr. Krieger bancou esse treinador, pagando um fortuna e com contrato de um ano e meio. Imaginem a indenização que o Grêmio teria de pagar, e acabaria pagando mais adiante, com certeza. Felizmente, apareceram os árabes para acabar com isso.

Dirigente no Brasil que fecha contrato por mais de um ano com treinador deveria empenhar seu patrimônio pessoal para pagar a indenização, que será inevitável. A não ser, claro, que seja o Felipão.

Considero uma irresponsabilidade fazer contrato tão longo com um treinador no Brasil. Não faz parte da nossa cultura.

Agora, resta saber quem virá. Adilson é o mais cotado. Tem a preferência da maior parte da diretoria. Tem um detalhe: em dois anos de Cruzeiro ele ganhou só o campeonato regional. E um vice da Libertadores. Além disso, gosta de alterar o time de jogo para jogo.

Hoje, sou mais o Silas. Gosto da forma como o Avaí joga. A gente percebe que ali tem a mão de um treinador. Além disso, foi ele que formou a equipe, e é disso que o Grêmio precisa.

Ah, acho que amanhã, dia 11, já poderemos brindar aos novos tempos.

MS DECLARA GUERRA

O técnico Mário Sérgio decidiu abrir guerra contra a imprensa. A mesma imprensa que o enalteceu após o Gre-Nal e também depois da derrota para o São Paulo. Mário Sérgio chegou dizendo que o Inter tinha um time forte, capaz de ser campeão brasileiro. Ele não está conseguindo fazer esse time 'forte' jogar e vencer, assim como Tite também não estava mais conseguindo. E por isso caiu. O Mário Sérgio precisa entender uma coisa: se vencer, ele cala a boca de todos os seus críticos. É simples. Mas ele parece levar a coisa para o lado pessoal. Não é por aí.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Caso Simon provoca duelo no rádio esportivo

Poucos erros de arbitragem alcançaram a unanimidade que esse do Carlos Simon ao anular gol de Obina, no qual a única irregularidade foi o braço direito do zagueiro no pescoço do atacante. Simon errou, mas não admite o erro.

- Eu marquei falta do Obina antes -, disse o juiz à rádio Guaíba, agora à noite. E acrescentou, com sotaque a la Olívio Dutra, seu colega de partido:

- O gaúcho está de pé!

O que nós gaúchos temos que ver com essa lambança do Simon? Ele pertence ao quadro de árbitros da CBF, da Fifa, não tem nada a ver com questões regionais.

Parece que ele, Simon, quer transformar essa polêmica numa disputa entre RS e SP (a bronca é com o Beluzzo, presidente do Palmeiras). Eu não vou pegar em armas para defender o Simon. Também não vou atacá-lo, mas que ele errou, errou. E errou feio.

Aliás, alguns dos mais grotescos erros de arbitragem são do Simon. Nunca me esqueço daquele Corinthians x Brasiliense, pela Copa do Brasil. Acho que foi em 2002. O Corinthians foi campeão.

Alguns sites fizeram listas com falhas do Simon nesta segunda-feira. A CBF o afastou até o final do Brasileiro. Punição rigorosa. Se não me engano é a segunda que ele sofre neste ano. Não está bem o Simon há algum tempo, mas ainda é um bom árbitro.
É como o Tcheco, em decadência, mas ainda útil.

Alguns colunistas do centro do país também bateram forte no Simon. Fogo cruzado contra ele.

Aqui na terrinha houve um duelo radiofônico interessante. Ao meio-dia, o Pedro Ernesto, que tem bronca antiga com Simon, não perdeu a chance de bater forte.

No final da tarde, na Guaíba, o Luís Carlos Reche, disse que Simon errou, mas saiu em sua defesa durante entrevista com o presidente do Palmeiras, que chamou o juiz até de assassino, safado, vigarista e picareta.

- Mas você conhece o Simon pra dizer tudo isso dele? -, perguntou o Reche.

- Não, graças a Deus - respondeu Beluzzo, que não vai escapar de um processo de Simon, que orgulha-se de ter ganho todos que moveu contra seus detratores.

Foi uma defesa candente do Reche, que repetiu a dose à noite. Senti que ele fazia um contraponto ao seu velho rival de rádio esportivo.

EM TEMPO

Sobrou para o Mauro Galvão. Alguém teria que pagar a mula roubada. Não seria o Meira, claro. Muito menos o presidente Duda, que na sexta-feira afirmou que Galvão tinha 99 por cento de chances de ficar. Para o lugar dele, Cícero Souza, que era supervisor, tinha uma função mais administrativa. É um profissional com esse perfil que o clube precisa?

E assim vai o Grêmio...

Enquanto isso, no Vasco, Rodrigo Caetano arrebenta. O presidente Roberto Dinamite deve estar muito grato à direção gremista por não ter ficado com o Rodrigo. Talvez até a homenageie na festa da vota à primeira divisão.

e assim vai o Grêmio... Pra onde?

domingo, 8 de novembro de 2009

Esperança e sonhos, é o que nos resta

O gol que Andrezinho, um dos jogadores de melhor técnica do time, perdeu logo no começo do jogo em Barueri com certeza não fazia parte do pacto pelos 100% de aproveitamento nos últimos cinco jogos. Muito menos o gol que Lauro engoliu, dando armas a seus críticos.

Não fossem esses dois lances de fracasso pessoal, o Inter talvez tivesse melhor sorte contra o bom time do Barueri, que vem de vitória recente (aquela da mala branca) sobre o Flamengo. Digo talvez, porque na realidade o time jogou pouco para quem pretendia e prometia tanto: vencer todos os jogos e brigar pelo título.

No primeiro tempo, os poucos torcedores do Barueri chegaram a cantar ‘olè’. No segundo, o Inter foi melhor. Marquinhos deixou o time mais agressivo. O gol de Fabiano Eller aumentou a esperança numa virada. Mas ficou só na esperança. Estamos assim por aqui: vivendo de esperança e de sonhos. Vitórias só as dos outros.

REFÉM DE TREINADOR

O técnico Paulo Autuori decide se fica ou não no Grêmio. De novo, o clube refém desse profissional. Esperou por ele durante 40 dias em plena Libertadores, cuja vaga é disputada à tapa e festejada como se título fosse.

Agora, planeja a próxima temporada com um treinador que ainda não decidiu se fica ou se vai embora, seduzido por petrodólares. Percebo uma contradição: ele aceitou treinar o Grêmio ganhando muito menos do que ganharia se permanecesse sob o majestoso manto árabe. Cinco meses depois, ameaça retornar por causa de dinheiro, deixando na mão o clube que, bem ou mal, tem um projeto alicerçado nele, Autuori.

O melhor para o Grêmio seria trocar de treinador. Nesse sentido, a suposta proposta árabe vem em boa hora. Autuori é profissional vitorioso, mas seu trabalho aqui não está à altura do currículo. É possível que, ajudando a montar o time para 2010, ele possa obter resultados positivos, mas como seguir com um técnico que, a cada pouco, vai levar à mesa da presidência uma reluzente proposta daquelas consideradas irrecusáveis.

EM TEMPO

Ainda não entendi como o Carlos Simon conseguiu anular o gol de Obina. Se houve falta no lance, foi do zagueiro, não do atacante.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Duda deve assumir o comando

A Polícia Federal demitiu o delegado Protógenes. É poderoso o tal de Dantas. Até pode ser que o Protógenes tenha cometido alguns excessos no cargo, mas que fica chato esse caso, fica.

Agora, nada mais chato que essa novela do Autuori.

Eu sou da seguinte opinião: ele nem deveria levar ao conhecimento da direção a proposta dos árabes.

O Grêmio esperou tanto por ele, fez todo um "planejamento" de um ano e meio com ele de treinador, que ele, com todo seu ar de ético e de conduta irretocável, deveria abafar a proposta e seguir seu trabalho. É o que se poderia esperar de um profissional com a sua história.

Mas ele foi correndo dizer que tinha proposta milionária pra voltar.

Olha, seria o caso de liberá-lo imediatamente. Mesmo que ele estivesse fazendo um bom trabalho.

O Autuori mostrou que, se não sair agora, pode largar o Grêmio a qualquer momento, diante de uma proposta ainda maior, comprometendo a temporada de 2010.

O cavalo passou encilhado e o Duda deixou passar. com metade do salário do Autuori dá pra pagar um grande jogador.

Hoje, falei rapidamente com o presidente gremista na rádio Guaíba, ao meio-dia. Sugeri que ele consiga alguém para ficar acima do Meira no futebol, ou ao lado, nunca subordinado ao Meira.

Sugeri ainda que ele passe a agir mais diretamente no futebol. O presidente tem essa prerrogativa e não pode se omitir. Ou vcs pensam que o Koff não se metia no futebol quando Cacalo era vice? Faz parte.

O Duda respondeu que ia analisar essa possibilidade. O Duda conhece muito futebol, deve exercitar esse conhecimento. Não pode comer pela mão dos outros.

Ele é o presidente, o líder. O comando é dele. Se estourar, a responsabilidade é dele, do presidente.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Sonhar não custa nada

Dias atrás o presidente Duda Kroeff disse que não era impossível vencer os seis jogos que o Grêmio tinha pela frente. Foi alvo de brincadeiras. Justas.

Agora, é o Inter, como um todo, alardeando que vai buscar cinco vitória seguidas. Uma espécie de histeria coletiva. 'Fizemos um pacto', revelou o volante Sandro.

Enquanto existirem chances matemáticas tudo é válido, até mesmo sonhos delirantes. É evidente que o time não vai vencer os cinco jogos que lhe restam. Mas deve tentar. Tem obrigação de tentar. Assim como o Grêmio tentou.

A tabela até não é tão difícil. O problema nem são os adversários (o pior é o Atlético no Mineirão), mas o próprio Inter, que é candidato ao título de maior decepção do campeonato diante do que dele se esperava no início.

Vencer o Barueri fora não será nada fácil. Acho que o Inter no máximo empata lá. Depois, o Santos no Beira-Rio. Esses dois ainda brigam por vaga na Sul-Americana. O jogo contra o Santos é para ganhar, como era o contra o Botafogo. Aí tem a pedreira no Mineirão. Depois, o Sport, em Recife, lutando para não cair. Mas acho que já estará morto nesse dia. Na última rodada, o Santo André, que vai lutar até a última rodada para ficar na primeira divisão.

Resumindo: a meu ver, na última rodada (ou antes) o Inter já estará fora do G-4. Teremos, então, um duelo gaudério na "segundona da América".

EM TEMPO

Tcheco estaria acertado com o Corinthians. Onde há fumaça há fogo. Ele já deu sua contribuição. Marquinhos, do Avaí, poderia ser contratado para a posição. Ou então alguém como o Valdívia. Ou o Ibson. Mas aí vão dizer que não tem dinheiro. Quem paga R$ 50 mil por mês pelo Renato Cajá tem dinheiro.

DIZEM POR AÍ...

... que depois do jogo de quarta-feira ninguém mais vai falar em Washington ou Borges (sou mais o William, do Avaí) no Olímpico.

NOS ACRÉSCIMOS

Depois que a vaca foi pro brejo, o ex-presidente Fábio Koff deu as caras no Olímpico. Reuniu-se com o seu ungido, Duda Kroef, ao lado de outro dirigente vitorioso, Cacalo. Ambos cabos eleitorais de Duda e, portanto, avalistas de tudo que aí está. Temos, assim, a boa notícia: eles voltaram. A ruim: eles não ficaram.

Em casa, um leão faminto; fora, um gatinho manso

Quando o SP perdeu seu terceiro jogador, pensei na batalha dos Aflitos. Não chegaria a render um DVD se o SP vencesse, mas que seria um grande feito não resta dúvida.

A imprensa paulista, muito mais bairrista que a nossa, faria um carnaval.

A propósito, os coleguinhas paulista vão fazer o que sempre fazem quando é o Grêmio que bate? Destacar a violência do seu representante? Claro que não.

As expulsões foram justas. Ah, pra variar, Tcheco e Maxi Lopez ganharam cartão amarelo de novo. Vale a pena ficar com jogadores assim? Tenho dúvidas, ao menos em relação ao argentino. Tcheco já deu sua contribuição.

Quem bela partida do Douglas Costa, escalado finalmente como atacante. Há tempo que venho escrevendo que ele só pode jogar nessa função, ou na do Souza. O Roth nunca me leu, nem o Autuori.

É por isso que não dou muita bola para treinador. Eles, com raras exceções, não sabem muito mais do que nós, os da arquibancada. Mas ganham uma grana...

Falam de pênalti sobre o Fábio Santos. Ele levou um empurrãozinho e depois saltou, parecia que queria voar. Por isso, o juiz não deu.

E não venham me dizer que o juiz baiano estava mal intencionado. Olha, expulsar três jogadores do SP num só jogo não é mole. Vai levar um gancho da CBF, podem me cobrar. Onde já se viu expulsar três do SP e nenhum do rival?

Agora, é incrível esse Grêmio. Impecável em casa, um leão faminto. Fora, um gatinho manso, sem unhas.

A noite só não foi melhor porque o Autuori não anunciou que estava acertado com o time árabe.

EM TEMPO

O ex-vice, o Krieger, deu entrevista na rádio Guaíba e comentou que o time estava estruturado para jogar com três zagueiros. Por isso, tinha Ruy e Jadilson. Então, trouxe o Paulo Autuori (ele, Krieger, contratou pagando uma fortuna), que não gosta do esquema 3-5-2. Então, os alas ficaram sem utilidade, frisou o ex-dirigente. Então, por que ele contratou um técnico que fugiu ao que a direção havia 'planejado'? Será que Krieger não sabia que Autuori é adepto do 4-4-2?

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Com a benção de Alá

Uma parte importante dos problemas do Grêmio pode ser resolvida com a ajuda de Alá. Talvez seja um sinal de que Deus é gremista. Afinal, o Grêmio não é imortal?

Não é que o Al-Rayyan quer tirar Paulo Autuori do Grêmio? É o que informou o site da Gazeta Esportiva nesta terça-feira, dia seguinte ao de Finados, mostrando que a ressurreição é possível.

Autuori confirmou que foi procurado por seu ex-clube. O problema é que promete cumprir seu contrato até o fim.

Acho que uma estrondosa vaia quando ser nome for anunciado no Olímpico, no jogo contra o São Paulo, pode dar um empurrãozinho rumo ao aeroporto.

Não tenho dúvida que um profissional ético, equilibrado, sensível e com prestígio internacional não irá aceitar tamanha rejeição, não se submeterá a tanto constrangimento, e vai propor um rompimento amigável de seu contrato com o Grêmio, que vai até o fim de 2010 (é sério, o sr. André Krieger fez isso, colocou o bode na sala, e depois deu no pé).

Só falta o sr. Luís Onofre Meira não aceitar em nome do ‘planejamento’.

Tenho um amigo, companheiro aqui do boteco, que me telefonou propondo uma vaquinha para comprar as passagens do Autuori.

Mas e se Autuori decidir ficar por birra? ‘Ah, não me querem, agora mesmo é que eu fico.’

Pode ser, mas aí o sujeito tem que ser muito dinheirista. Autuori pode ter os seus defeitos, como qualquer um de nós, mas duvido que seu objetivo maior na vida seja dinheiro.

Penso que ele projeta para si a realização plena, acima de tudo espiritual, deixando o lado material, mundano, em segundo plano. Para isso, nada melhor que um lugar onde o nível de exigência seja menor, mais propício a momentos contemplativos e filosóficos à beira do campo.

O Autuori é um bom sujeito. Merece ser feliz. Em outro lugar.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Arena e o perfil vencedor

Vou dar um tempo. Não escrevo mais sobre a Arena. Dizem que foi feito um ajuste no acordo com a OAS, que teria concordado em quase dobrar o área que inicialmente seria destinada ao Grêmio.

Estavam previstos 4,9 hectares, enquanto a área do Olímpico é de 8,8 hectares. Agora, por esse ajuste, o Grêmio teria no Humaitá 8,9 hectares. É o que dizem, mas não mostram nenhum documento FIRMADO entre as partes.

Não acredito, nem desacredito. Fica o dito pelo não dito. O único documento que disponho sobre o assunto é dezembro de 2008, aquele que referi anteriormente e que foi elaborado por uma comissão de patrimônio do clube. O documento aponta outros problemas. Espero que todos estejam solucionados ou ao menos melhor encaminhados.

Apenas reitero: seria bom que TODOS os gremistas tivessem conhecimento do que está sendo feito em termos de Arena. O caso é sério demais para que apenas alguns eleitos saibam o que realmente se passa.

EM TEMPO

O técnico Paulo Autuori agora fala em perfil vencedor. Ele quer jogadores com perfil vencedor. E tem gente que ainda o leva a sério. Deixo por instantes de ser tão ranzinza e entro no clima. Elaborei uma lista para compor a espinha dorsal do time, contribuição que humildemente repasso:

Zaga: Lúcio e Juan
Meio-campo: Hernanes e Kaká
Atacante: Luís Fabiano

O goleiro pode ser o Victor, mas não sei se ele se encaixa no "perfil vencedor" do amável técnico.

Penso que com esses jogadores o Grêmio pode voltar a ser campeão de alguma coisa. Quem sabe até com Autuori no comando do time e Meira no futebol.

Fora isso, 2010 se desenha assustador.

domingo, 1 de novembro de 2009

O fracasso da dupla Gre-Nal

Se antes do jogo contra o Botafogo as chances de o Inter conquistar o título brasileiro no ano do centenário já eram escassas, a surpreendente derrota em pleno Beira-Rio na tarde quente da véspera do Dia dos Finados rebaixa a pretensão neste final de temporada a uma vaga no grupo que irá disputar a Libertadores no próximo ano.

Mas o que está ruim ainda pode piorar. Se o time seguir com esse futebol mambembe, logo irá nivelar com o seu vizinho da Azenha, acomodando-se entre os remediados, aqueles que irão participar da Copa Sul-Americana, conhecida no Olímpico como a Segundona da América.

É claro que o competente departamento de Marketing do Inter irá encontrar uma maneira de valorizar a “conquista”, como fez na temporada passada com a própria Sul-Americana depois de fracassar no Brasileiro.

Ainda é prematuro, mas a tendência é que teremos Gre-Nal na Sul-Americana. O “Campeão de Tudo” contra o “Campeão de Nada”, como o Grêmio pode ser chamado por algum colorado que ainda tiver ânimo para brincadeira, lembrando os fracassos gremistas no Gauchão, na Copa do Brasil, na Libertadores e, agora, no Brasileirão.

Tudo dentro de um criterioso planejamento da direção Tricolor, que incluiu a extravagante espera por 40 dias de um treinador com a Libertadores em andamento.

Em matéria de trapalhadas, a direção do Inter não fica atrás. Ao negociar o principal jogador da equipe, Nilmar, fez a sua opção: melhor dinheiro no cofre do que faixa no peito. O Inter caiu de produção, sobrou para o técnico. Muricy estava desempregado quando a torcida pedia a cabeça de Tite. O cavalo passou encilhado. Aí, quando deveria seguir com Tite até o final, trouxe Mário Sérgio.

Ontem, o técnico colorado, que havia armado com sabedoria a equipe contra o São Paulo, apesar da derrota, falhou em suas opções. Jogando em casa, não poderia ter começado o jogo com três zagueiros. Até porque o Botafogo está longe de ser uma potência futebolística. D’Alessandro ficou isolado na articulação. Depois, as alterações equivocadas que abalam o ditado “quem escala mal, substitui bem”.