terça-feira, 30 de novembro de 2010

A volta do Obinês

Alguns gremistas adotaram ultimamente o Obinês, um idioma surgido no início do século no bairro Azenha.

O Obinês apareceu logo depois da Hecatombe ISL, fenômeno que fragilizou um poderoso clube e que deixou esqueletos em seu armário sombrio e misterioso. De vez quando um esqueleto aparece, como agora no caso envolvendo o presidente da CBF, o sr. Ricardo Teixeira, acusado de receber alguns milhõezinhos de dólares da empresa suiça.

Os primeiros sinais de que surgia uma nova lingua apareceram ali por 2003 e 2004. Seu criador: Flávio Obino, então presidente do tal poderoso clube, o Grêmio.

O Obinês é, em síntese, uma forma de fugir da realidade. Se o time perceu o campeonato, levou uma goleada, foi rebaixado pra segunda divisão, etc, é imprescindível ter capacidade de, em meio à desgraça, encontrar um alento, um sopro de vida e de esperança.

Flávio Obino, herdeiro do que sobrou do clube após o devastador tsunami ISL, diante de tragédias sucessivas que não soube enfrentar da maneira mais adequada, aos poucos foi buscando aspectos positivos, que ele parecia mesmo acreditar que eram relevantes.

Em suas entrevistas, à medida em que a desgraça se avolumava, nunca deixou de registrar 'conquistas', para ele fundamentais, que ele não conseguia entender por que não eram valorizadas pela imprensa e pela torcida, mais preocupadas com coisas 'banais' como mais uma quedazinha pra segundona.

Então, no olho do furacão, aparentando serenidade, de cabeça erguida, lembrava, solene:

- Mas o melhor site é do Grêmio. O melhor ônibus também.

Não sei se em algum momento alguém adepto do Obinês não lembrou de algum título de futebol de botão, ou de peteca, ou de alguma beldade gremista ter sido eleita miss ou musa de alguma coisa.

O fato é que o Obinês, que parecia sepultado, voltou. Hoje, alguns gremistas buscam alguma coisa aqui ou ali para reagir a avalanche colorada, que acaba de arrastar mais uma Libertadores e avança rumo ao bi mundial.

De vez em quando um gremista solta algo assim:

- É, mas o Gauchão quem ganhou foi o Grêmio. No Brasileirão, nós estamos à frente deles.

É o Obinês mostrando, como qualquer lingua, que é vivo, dinâmico, tem variações.

Eu, por exemplo, me refugiei na cerveja 1983. Criei esse marca como forma de reagir diante da iminência do bi colorado. Como eu sei que dói muito não ter sido o primeiro clube gaúcho campeão do mundo, e o quanto foram massacrantes esses 23 anos de espera para os colorados, lancei a 1983.

Agora, respeito quem recorre ao título do Gauchão, prêmio consolação desde que a dupla Gre-Nal conquistou o Brasil, as Américas e o Mundo.

Cada um reage como pode.

Preocupante, mesmo, é quando o Obinês aparece em declarações de dirigentes, como tem acontecido na atual gestão do Grêmio.

Se a realidade é ruim, deve ser enfrentada, nunca atenuada ou jogada pra baixo do tapete.

Só falta, terminada a temporada, o presidente Duda, no caso de o Inter ser bi do mundo (toc-toc-toc), sair por aí dizendo:

- É, mas aqui no Rio Grande do Sul quem manda é o Grêmio...

domingo, 28 de novembro de 2010

O pedido de desculpas e a sabedoria dos quero-queros

O presidente Duda Kroef pediu desculpas por não ter trocado de técnico antes. Um mês atrás, um pouco mais, ele enalteceu o trabalho do dirigente de futebol que manteve no cargo até a corda no pescoço apertar de forma insuportável. O mesmo dirigente que se agarrou no Silas, a quem chamei de aprendiz desde março/abril. Esse dirigente só não caiu antes, e com ele o aprendiz, porque Duda não quis.

O mesmo Duda que não aceitou Renato Portaluppi na Libertadores do ano passado quando Celso Roth foi demitido. Duda deve muito mais que um pedido de desculpas por não ter contratado Renato antes. O preço de ser tão contemplativo, de deixar o comando do futebol totalmente nas mãos de subordinados, é esse: uma série de fracassos e um título conquistado, o glorioso Gauchão.

De nada adianta qualquer pedido de desculpas. Menos ainda lembrar que recebeu muitos emails de gente criticando quando contratou Renato em agosto. Deve ser o mesmo pessoal que elogiou a contratação de Paulo Autuori. A grande maioria dos gremistas vibrou com a contratação de Renato, até porque não havia opções melhores.

Já o Renato lamenta ter chegado tão tarde. Ele pegou o time na metade final do primeiro turno. O time estava entre os quatro da ponta de baixo, com sério risco de rebaixamento, o que seria inevitável com Silas no comando por mais tempo.

O Grêmio hoje está entre os quatro melhores do campeonato. Tem a melhor campanha do returno, o ataque mais efetivo e o goleador do campeonato.

O Grêmio tem tudo para garantir o quarto lugar. Basta empatar com o Botafogo no Olímpico. O Botafogo de outro treinador milagroso, o Joel Santana. Depois, é só torcer pelo Estudiantes contra o Goiás, zebra na final da Sul-Americana.

Agora, para vencer o Botafogo o Grêmio terá de jogar mais do que jogou em Campinas. Não fosse Victor, o jogo talvez não terminasse com final feliz.

Muitos jogadores estiveram abaixo do que andavam rendendo. Aliás, nos dois últimos jogos o time não jogou bem. Em ambos não teve Gabriel, um jogador que dá importante acréscimo de qualidade, contribuindo para o futebol de Rochemback, Douglas e Jonas, com os quais dialoga em outro patamar, uma linguagem que Ferdinando, por exemplo, não entende.

O importante é que o time mais uma vez venceu. Não me lembro de ver o Grêmio vencendo tantas vezes fora de casa num Brasileirão.

Diego Clementino, antes alvo de ironias e deboches, mais uma vez sacudiu o time e mostrou que é um atacante perigoso, capaz de dar alternativas ofensivas nos momentos mais difíceis.

Ele entrou, fez boas jogadas e cavou um pênalti, que houve mesmo. Era um momento tenso do jogo, em que o Guarani ameaçava o empate. Depois, Clementino recebeu um passe milimétrico do Jonas e fez o seu com muita categoria.

Diego Clementino, outro acerto de Renato, por sua vez o maior acerto do presidente Duda. Pena que ele demorou tanto. E não foi por falta de aviso aqui dos botequeiros, de sócios, torcedores, conselheiros e até dos quero-queros do Olímpico.

O bom dirigente de futebol é o que escuta as pessoas certas, mas para isso precisa ter sabedoria, e talvez um pouco de humildade e menos comprometimentos políticos, para identificá-las.

SAIDEIRA

Anunciei há muito tempo que o Corinthians seria campeão. Estava tudo armado. Me quebrei? Acho que sim. Parabéns aos que apostaram no Fluminense. Temos mesmo um campeonato honesto. Será?

O Heber vai receber o troféu também?

Vamos aguardar a última rodada, só por precaução.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Cinco Anos da Batalha dos Aflitos

Liguei o rádio de manhã pra ouvir o programa do Mendelski, na Guaíba. Entrou o Reche, sempre muito animado apesar do horário, e logo depois do Juremir.
Alguém levantou a bola: dia 26 de novembro, cinco anos da Batalha dos Aflitos. Um dos grandes momentos da história do Grêmio.
O Juremir, claro, cheio de despeito, há anos diz que foi o ‘barraco dos Aflitos’.
Fosse o Inter a vencer um jogo com sete jogadores, num ambiente hostil, a definição seria outra. O Inter também teria feito um DVD e sabe-se-lá-o-que-mais.
Que o Juremir e outros colorados queiram diminuir o feito épico, histórico, antológico do Grêmio, eu entendo e não questiono. Faz parte da nossa rivalidade. Um sempre querendo diminuir o outro, e isso só contribui para tornar os dois grandes.
Ao longo do dia, porém, deparei com textos de gremistas (?) tentando abafar o eco estrondoso daquele jogo mágico que ficará pra sempre na minha memória.
As expulsões, a revolta, o pênalti defendido pelo Gallato e o gol do menino Anderson. As lágrimas.
Lágrimas não podem ser recolhidas. Vencer o Náutico naquelas circunstâncias é algo memorável, algo que deve ser festejado.
Não importa se foi pra sair da segunda divisão ou sobre os porquês de o Grêmio ter chegado à última rodada naquela situação terrível, por culpa de um ano que começou mal planejado pela diretoria da época, mas que depois acertou o passo.
O fato é que todos (eu repito, todos) os torcedores gostariam de ver o seu time protagonizando uma façanha desse tipo, algo sem precedentes no futebol mundial.
Mas quem fez isso foi o Grêmio.
Para uns, causa inveja. E a inveja é uma merda.
Para mim, causa orgulho.
Acho que vou lançar uma nova cerveja...

Da série TEU PASSADO TE CONDENA ou ESQUEÇAM O QUE EU ESCREVI ou
EU TENHO DIREITO DE MUDAR DE OPINIÃO ou SE ARREPENDIMENTO MATASSE
Trecho da coluna do Juremir publicada no CP dia 30/11/2005:

Milagres e estilo

O Internacional é um time de pobres. Nós. Nunca terá convicções de gremista. São duas visões de mundo. O Grêmio é a cara do Rio Grande: arrogante, fanfarrão, pachola, varzeano e, por isso mesmo, capaz de se impor e de vencer em qualquer situação. O Inter, como qualquer pobre de caricatura, está sempre meio envergonhado, vai logo dizendo, 'desculpe qualquer coisa', intimida-se com facilidade. Na casa dos ricos, tem medo de sujar o sofá. Como todo pobre complexado, quer jogar bonito, ganhar com elegância, mostrar boas maneiras. O Grêmio, como rico prepotente e seguro de si, não está nem aí para os bons modos: quer é resultado, a qualquer preço. Ao ser roubado, contra o Corinthians, Tinga já levantou se explicando. O Inter discutiu durante três minutos e acatou a decisão do árbitro. Já em Recife, os jogadores do Grêmio peitaram e chutaram o juiz, criaram um clima terrível, condicionaram tudo e levaram varzeanamente o resultado. O pênalti deveria ter sido batido novamente, pois o goleiro gremista se adiantou. Mas o juiz já estava apavorado, louco para expulsar alguém do Náutico e se ajoelhar diante dos gremistas. Acho que Anderson cobrou a falta para ele mesmo na hora do seu gol impossível. Que importa? O Grêmio já tinha vencido a batalha da 'catimba'.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Renato e os diretores de futebol remunerados

Está certo o Renato. O Grêmio não precisa de mais um diretor de futebol remunerado. Não foi possível o Rodrigo Caetano, paciência.

Renato se diz satisfeito com o atual diretor, o Cicero Souza, profissional de sua confiança.

Não sei se o Cícero é bom, mas se tem o apoio do técnico, é o que interessa.

Se o Caetano pudesse vir seria ótimo. É um profissional reconhecido, e testado. Seu torno seria também a correção de um erro (mais um) cometido pela atual direção.

Confesso que fiquei apavorado com alguns nomes que foram citados na imprensa desde a recusa do Caetano.

Um, do Atlético de Minas. Sim, do Atlético, que ainda luta para fugir do rebaixamento; do Atlético que pagou uma fortuna por Luxemburgo; do Atlético da parceria com a Traffic.

Inacreditável. Só pode ser especulação, chute mesmo, da imprensa. Só pode. Mas sempre tem alguém pra soprar esses nomes. Repórter não inventa.

Outro nome citado é o de um dirigente vascaíno, da era Eurico Miranda, e atualmente no Bahia.

O Grêmio não precisa de gente estranha, gente sem qualquer compromisso com sua história, sua tradição. Podem até ser profissional altamente capazes, mas devem custar caro. Melhor investir em gente aqui da aldeia, identificada com o tricolor.

Tem um cara que demonstrou capacidade para o cargo, o Paulo Deitos. Gremista e conhecedor das coisas do futebol.

Mas se o Renato está satisfeito com o Cícero está na hora de mirar o foco em jogadores.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

A cerveja Celso Roth

O Grêmio de 2011 vai apostar mais nos jogadores formados nas categorias de base.

Quem me garantiu isso é o futuro assessor do futebol, César Dias, depois do programa Cadeira Cativa, do Reche, na UlbraTV, ontem à noite.

É vantajoso investir na base em todos os sentidos. Num cálculo por cima, se colocar dez jogadores formados no clube no grupo principal, entre os profissionais, em vez de buscar esses jogadores fora, a economia chega a uns R$ 600 mil reais por mês só em salários.

É o que me contou o César, que mostrou estar muito preparado para assumir o posto. Ele ainda frisou o lucro que pode gerar cada guri que se alcançar projeção maior. Então, o foco é mesmo investir na gurizada formada no Olímpico.

A notícia é boa, porque essa é um tecla que eu e alguns botequeiros, principalmente o Chico Coelho, batemos há anos.

Entrei nesse assunto com o César, que lamentou a não contratação de Rodrigo Caetano, porque algumas pessoas podem achar que o Renato não gosta de investir na base.

Afinal, em poucos dias ele trouxe vários jogadores de fora, abrindo mão de alguns guris que vinham despontando. Caso do Bérgson, por exemplo. Mas logo que chegou, ele deu chance para alguns da base, e a resposta não foi das melhores.

Então, diante da emergência, no desespero para tirar o time da zona de rebaixamento, Renato foi às compras. E fez muito bem, conforme comprovam os resultados.

Tem muito guri bom na base, mas tem muito enganador também. O importante é ter olho clínico, insistir com aqueles que tem maior potencial, dar as chances que normalmente são dadas apenas aos que vêm de fora.

Um que merece oportunidade é o Mythiuê. O próprio Bergson merece ser melhor observado. O Pessali, que anda em má fase, o Matheus Magro, etc.

SAIDEIRA

Boa notícia vinda da Itália: Eto'o foi suspenso e não joga mais o italiano. Melhor assim. Diminuem as chances de que ele também se lesione. Logo ele, o goleador da Inter.

Já o Inter está a mil. Todos os jogadores à disposição do Celso Roth, que normalmente se atrapalha com o excesso de qualidade.

Por falar em Roth, um lote de 25 long neck da '1983' (ontem presenteei o Reche com um kit) não deu certo. Joguei as cervejas fora.

Batizei o lote de "Celso Roth". Por que?

Porque estava sem gás...

domingo, 21 de novembro de 2010

A dança das cadeiras na ponta e a vitória colorada

O time B colorado surpreendeu o Botafogo. E os gremistas. E os colorados...

O Inter fez uma partida digna, bateu o Botafogo, permitindo que o Grêmio terminasse a rodada em quarto lugar. Mais que isso, revelou jogadores que podem ser úteis no Mundial.

O Grêmio passou a ser o favorito à quarta vaga na Libertadores, se ele for mesmo confirmada. O Atlético PR, que bateu até na sombra no sábado, vai muito desfalcado para a próxima rodada; enquanto o Botafogo decide sua sorte no Olímpico.

A vitória sobre o time paranaense foi difícil, arracancada a fórceps, na força, na garra, e com apoio decisivo da torcida.

Foi um jogo ruim tecnicamente, muitas faltas. O Atlético apelou demais para as faltas. Acho que só o goleiro não levou amarelo. O Guerron fez uma dezena de faltas, muitas por trás, e só foi amarelado no finalzinho. Perigoso esse Guerron.

Admito que temia pelo empate.

Edmilson cavou um pênalti. Acho que não houve uma falta no lance.

Quando vi Douglas escalado pra bater... Não gosto de jogador que bate colocado. Se o goleiro adivinha, já era. O goleiro não adivinhou.

Depois, foi uma dificuldade para manter a vantagem. Faltava qualidade ao time. Jonas e Gabriel fizeram muita falta. Sobrou bravura.

E aí entrou o Clementino. É um atacante perigoso, ladrão de bola, arisco, sempre atento. E fez um golaço, mostrando que não se intimida, vai pra cima da zaga.

Mais do que na maioria dos outros jogos, essa vitória atribuo ao esquema de Renato, que conseguiu neutralizar o Atlético, teve o controle de meio de campo e foi incessante na busca do gol, mesmo sem muita qualidade.

Foi uma vitória aos trancos e barrancos. O importante foram os três pontos.

Se o Cruzeiro tivesse perdido para o Vasco, até que daria pra sonhar com o terceiro lugar.

SAIDEIRA

Foi pro espaço a minha tese de que tudo estava armado para o Corinthians ser campeão brasileiro. Quer dizer, a chance ainda existe, mas as coisas estão mais a favor do Fluminense.

O sr Heber Roberto Lopes foi, digamos, generoso para o Muricy. A expulsão do zagueiro do SP pela falta no Fred, um toque leve por trás, foi de amarelo. Fred não tinha a tal "clara e manifesta situação de gol".

Depois, a expulsão do Richarlison. Um abuso de poder.

O jogo estava 1 a 1. Acho que o Flu venceria de qualquer modo, mas teve sua tarefa facilitada pela ação do sr Héber.

Em Salvador, Carlos Simon viu pênalti no toque de mão de Ralf. Me pareceu um toque involuntário, mas foi um lance de interpretação.

O técnico Tite reclamou, com elegância, mas reclamou. Disse que Simon apitou pressionado pela história de que existia armação pra beneficiar o Corinthians. Então...

Se não há armação pra beneficiar o Corinthians, existiria esquema para prejudicar o Cruzeiro?

Hoje, é o Cruzeiro o maior prejudicado por aquele pênalti marcado sobre o Ronaldo.

Dificilmente o Cruzeiro recupera aquele ponto (o jogo terminaria empatado).

O Fluminense, então, entrou no vácuo e assumiu a ponta. Com a mãozinha do Héber, sem querer, claro.

GORJETA

O Neuton marcou um golaço. Nenhuma surpresa. A meu ver, é jogador para fazer sucesso na Europa, fácil.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

A força da 'mãe de santo' colorada

Mais uma lesão na Inter de Milão. Ontem, foi Chivu. Hoje, o habilidoso o Philippe Coutinho. Eles juntam-se a Júlio César, Maicon , Samuel, Milito, Materazzi, Thiago Mota e Obi.

Quem será o lesionado deste final de semana? Façam suas apostas.

Cravo minhas fichas no Eto'o, goleador da equipe.

Não importa. O fato é que já é o caso de decretar calamidade pública, ou algo parecido.

Vamos ver se a Inter terá um time inteiro pra disputar o Mundial.

Os colorados estão faceiros, sorriso de orelha à orelha, olhos faiscantes. Tenho um amigo que já encomendou uma faixa de bicampeão mundial.

O que está ocorrendo com a Inter é um fenômeno, algo inédito no futebol mundial. Nunca se viu tanta lesão em tão curto espaço de tempo.

Tenho uma explicação: magia negra.

Nem lembro se já escrevi aqui, mas tenho a informação (quente) de que um graduado dirigente colorado é chegado nessas coisas de umbanda. Ele contratou uma famosa mãe de santo para fazer um 'trabalho' para vencer a Libertadores e o Mundial.

As primeiras orientações da tal sra. foi indicar a volta de Renan, Tinga e de Rafael Sobis. O Inter não mediu esforços para fazer isso. E também trocar de treinador. Coisa de energia negativa no vestiário, ambiente carregado, etc.

Tentei descobrir quem é a mãe de santo, até pra fazer uma 'fezinha' na Megasena, mas confesso que fracassei.

Se alguém tiver alguma dica a respeito...

Por via das dúvidas, me agarro na minha 1983, meu amuleto para o Mundial.

Ah, sobre o tal dirigente: é só prestar atenção, é o que demonstra ser o mais supersticioso.

SAIDEIRA

Jonas vai fazer muita falta nessa decisão contra o Atlético PR, inimigo direto na briga por vaga na Libertadores. Sei de alguns gremistas que dizem que Jonas desaparece em decisões. Não sei de onde tiraram isso.

Viçosa deve começar o jogo. É a chance de o guri mostrar se joga ou não joga. Ou pelo menos mostrar que realmente tem potencial para continuar no clube.

Sobre Jonas, acho que ele não fica muito tempo. Deve ser negociado.

Um nome para o seu lugar: Rafael Moura, do Goiás. São características diferentes, eu sei, mas Moura é um grande atacante.

FECHANDO A CONTA

Recompensa para quem localizar a mae de santo colorada: uma caixa de 1983 e mais uns copos de lambuja.

GORJETA

Frase do Carlos Simon: 'Há jogadores que fazem inveja a qualquer ator'.
Frase do Ilgo: "Há juízes que fazem inveja a qualquer ator'.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Sobrou pra imprensa na guerra sangrenta colorada

Sobrou pra imprensa.

O mensageiro levou notícia ruim, matem o mensageiro.

A eleição do Inter, conforme se previa, se transformou numa briga de foice no escuro. São dirigentes abnegados, apaixonados, que abrem mão de tudo, de seu trabalho, de sua família, de sexo, de fim de semana, etc e etc, só para ajudar o Inter, sem querer nada em troca.

Todos querem administrar esse clube que tem orçamento milionário.

A situação colorada está dividida. Está soprando agressão verbal (por enquanto é só verbal) pra tudo quanto é lado. Os mesmos que geriram a fortuna nesses últimos anos, que alcançaram os píncaros do sucesso, agora se digladiam publicamente.

Salve-se quem puder.

A Situação do A, quem tem Luigi como candidato, denominou sua chapa de Fernando Carvalho. A Situação do B, comandada por Affatato, tentou melar essa decisão. Perdeu.

Affatato cansou de dizer que FC será o seu vice de futebol, ou insinuou isso. Sabia, porém, que FC não aceita. Ele apoia seu parceiro Luigi. FC ficou indignado e agora viaja por esse RS determinado a eleger seu escolhido.

Piffero, que parece estar em cima do muro, só assiste. Deve estar preocupado, porque todo um um projeto que deu tão certo pode ruir com essa cisão que lembra Caim e Abel.

Quem vai matar quem?

Acho que ganha o Luigi, mas estou certo sobre quem perde: o Inter. Sejam qual for o vencedor, o Inter sai fragilizado desse processo.

Quem vencer terá de enfrentar uma oposição raivosa como é o PT quando alijado do poder.

Quem acompanha a lavagem de roupa suja através da mídia sabe do que estou falando. Os dois grupos fizeram esse Inter tão grande, tão poderoso nesse início de século.

Quem apear do cavalo, será um revoltado.

Soube que está rolando muita grana na eleição. Até um instituto de pesquisa foi contratado, o que gerou protestos de uma das chapas. O Instituto, o Methodus, foi contratado por uma pessoa física. O nome não aparece.

Se é tudo transparente, qual o problema de assumir a pesquisa?

Então, nesse baile vale tudo, homem com homem, mulher com mulher e sei lá mais o quê.

Em meio ao tiroteio, fogo cruzado, sobrou pra imprensa.

"Eu aprendi uma coisa nesses últimos dias que eu também não conhecia. A imprensa, hoje, ou parte da imprensa, principalmente essa imprensa que cuida do futebol, é uma imprensa barata. Ela é induzida".

A frase acima foi atribuida ao Affatato. Mas ele nega.

É preciso saber quem é o autor. Uma perícia na gravação identifica a figura. Depois, cabe a ACEG processar essa cidadão e exigir que ele dê nome aos bois, digo, aos jornalistas esportivos.

E ainda faltam uns 15 dias pra eleição...

SAIDEIRA

Mais um jogador da Inter se lesiona. É o romeno Chivu, estiramento muscular. Já tem meia dúzia de titulares no departamento médico.
Pelo andar da carruagem, na hora do Mundial a Inter talvez não tenha onze pra colocar em campo.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Copo dos Campeões


Para dobrar a sorte, além da 'cerveja campeã' , agora também o copo
da 1983, para ninguém esquecer quem foi o gaúcho pioneiro no mundo.

Ah, o estoque é limitadíssimo.

A Fifa se rende e antecipa o bi colorado

Logo que o Inter conquistou a Libertadores com Renan de goleiro e Celso Roth de treinador, conclui que os ventos, as brisas, os furacões e todos os outros fenômenos na natureza estão favoráveis aos colorados.

Por isso, com a mesma bola de cristal que me fez ver o Corinthians campeão brasileiro de 2010, previ que o Inter seria campeão do mundo de novo, seria bi ainda neste ano.

Agora, leio que o site da Fifa se refere ao Inter como campeão mundial de 2006 e, acreditem!, de 2010. (vejam com seus próprios olhos: http://pt.fifa.com. É o site da Fifa em português) ou leiam o blog do Hiltor em www.correiodopovo.com.br.

A Fifa se antecipa à realização dos jogos e anuncia o Inter campeão mundial. Só não diz o placar dos jogos, nem se a final será contra a Inter italiana e seu time esfacelado.

Quer dizer, minha previsão tem agora a chancela da Fifa.

Eu poderia usar o título Ilgo Nostradamus/Fifa.

Agora, falando sério, será que tem algum significado mais profundo, obscuro e nojento, essa frase extraída do site da Fifa?

Seria apenas um engano, deslize de um estagiário. Ou um desejo do redator, um suíço apaixonado pelo Inter?

Não sei se devo me preocupar também com isso.

De qualquer forma, quando previ o Inter campeão de tudo e mais um pouco neste ano (errei no Brasileirão, que acabei dedicando ao Corinthians depois), decidi criar um antídoto á gozação que virá caso o título se confirme.

É a cerveja 1983. Para que nunca se esqueçam de que o primeiro clube gaúcho campeão do mundo está ali na Azenha, por enquanto, e em breve no banhadão aterrado do Humaitá.

Agora, um alento, um sopro de esperança para a atormentada nação gremista.

A '1983' dá sorte. Desde que a lancei aqui o Grêmio vem em ascensão no Brasileiro.

Sábado, quando deu aquele pênalti a favor do Santos, abri uma long neck. Victor defendeu.

Minha esperança de um final de ano feliz, pleno de felicidade e realizações, com a minha previsão de apocalipse afundando gloriosamente nos pés do E'to, é a '1983'.

Minha esperança é uma garrafinha de cerveja.

Não sei se é pra rir ou pra chorar.

domingo, 14 de novembro de 2010

As arbitragens decidindo o Brasileirão

Desde o começo do campeonato estou afirmando aqui: o Corinthians será o campeão brasileiro de 2010.

Se alguém ainda tinha alguma dúvida, penso que ela se dissipou com a arbitragem do jogo Corinthians 1 a 0 no Cruzeiro.

Antes mesmo do pênalti marcado pelo juiz Sandro Meira (Meira de novo não) Ricci, o Cruzeiro já havia sido prejudicado em três ou quatro impedimentos, lances de muito perigo. Teve também um pênalti a seu favor e que não foi assinalado.

A realidade é que houve dois pênaltis discutíveis. E ainda entra aquilo que eu sempre digo: é nessa hora que o juiz mostra a sua face, suas intenções.

Quando foi a favor do Corinthians, dedo em riste marcando o pênalti. Quando a favor do Cruzeiro, segue o jogo.

Ricci é um juiz festejado por muita gente metida a entendida em arbitragem. Pode ser que ele seja bom mesmo, talvez o melhor que anda por aí. Pode ser.

De uma coisa eu não tenho dúvida: depois de sua atuação no sábado ele será o novo queridinho da CBF e da comissão de arbigragem, essa comandada pelo bandeirinha que prejudicou o Grêmio contra o Palmeiras numa Copa do Brasil, isso lá no século passado, anulando gol legítimo de Jardel.

Juiz que quiser crescer na arbitragem precisa fazer certas concessões. Conheço um que cresceu demais quando beneficiou o Corinthians (Ops, de novo?) num jogo da Copa do Brasil contra o Brasiliense. Um escândalo. Ele foi punido? Que nada, pelo contrário.

No tópico anterior, em meio a uma gripe infernal, escrevi me referi as 'jararacas de preto', que continuam no caminho do Grêmio, e no caminho de quem ameaçar tirar o título do Corinthians.

Contra o Santos, o juiz expulsou o Jonas merecidamente, mas não se faria o mesmo se fosse um atacante do Santos enfiando os braços no marcador.

Na verdade, sei. Ele não expulsaria o jogador do Santos. Tanto é que depois pelo menos dois jogadores santistas, que já tinham cartão amarelo, mereceram o segundo e não levaram. O Grêmio jogou quase todo o tempo com um a menos.

Depois, teve um pênalti em Lúcio que o juiz ignorou.

Então, são os juizes decidindo os rumos do Brasileirão.

Se alguém pesquisar vai verificar que o Corinthians é o maior beneficiado por 'erros humanos' neste campeonato.

Vai verificar que o Grêmio passou a ser vítima depois que passou a ameaçar uma vaga na Libertadores.

É claro que nada disso é intencional. São apenas erros humanos, mesmo que sempre pendendo para uns e outros.

Pura coincidência.

SAIDEIRA

Gostei do Edmundo hoje, na Band, comentando as arbitragens. Disse ele que existe armação de juizes no futebol. E lembrou um jogo entre Figueirense e Juventude. Se alguém tiver detalhes desse jogo, que me lembro vagamente, mas sei que foi um escândalo, por favor escreva.

FECHANDO A CONTA

A campanha do Inter no Brasileirão já está virando vexame. Perder em casa para o Avaí por 3 a 2 com o time completo, foi demais. O Avaí conseguiu livrar 2 a 0, depois o Inter, no segundo tempo, foi para cima e empatou. Mas aí levou mais um gol.

Lauro levou três gols. Está difícil escolher o goleiro do Mundial. No final, dá Renan.

GORJETA

O lance do pênalti em Ronaldo, que foi experiente e esperto na jogada, é muito parecido com o de Bolívar sobre Lúcio que o sr. Simon não marcou. O Lúcio ia dominar no peito e foi acossado com os braços e o corpo pelo zagueiro.

Neste domingo, o sr Simon acertou ao marcar pênalti a favor do Fluminense. A dificuldade dele parece ser (ou parecia) é marcar pênalti em Gre-Nal.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

O caminho espinhoso e as jararacas de preto

É difícil o caminho do Grêmio para conquistar uma vaga na Libertadores. O time ainda carrega o fardo herdado da dupla Meira/Silas. Preciosos pontos perdidos lá no começo da competição fazem muita falta agora.

Além disso, há cascalhos, urtiga e espinhos no caminho, sem contar umas jararacas vestidas de preto prontas para dar o bote quando menos se espera.

A disputa é com o Botafogo. O Atlético PR também está na jogada.

O Grêmio enfrenta os dois no Olímpico. Esta é uma boa vantagem.

Agora, é preciso vencer o Santos. Um empate até serve, porque a diferença para o Bota diminui para dois pontos. O problema é o Atlético PR, que tem tudo para bater o Prudente na Arena.

Enquanto o Grêmio tem quatro jogos 'às ganha', o Botafogo pega o Inter no Rio num jogo que será 'às brinca', na próxima rodada.

Alguém pode lembrar que é efeito do jogo entre Grêmio e Fla no ano passado. Realmente, o Inter devolve na mesma moeda. É justo. Mas faria o mesmo se o Grêmio, ingenuamente, tivesse jogado para vencer o Flamengo, ajudando o Inter a ser campeão brasileiro pela quarta vez.

Aqui se faz, aqui se paga. Não tem nada de falta de ética ou de imoralidade. É o futebol e suas rivalidades entranhadas no corpo e na alma de torcedores e dirigentes.

Enquanto o Grêmio estiver jogando uma partida de vida ou morte contra o Atlético PR, o Botafogo estará somando os três pontos mais fáceis de sua história no Brasileirão.

Na penúltima rodada, o Grêmio enfrenta o Guarani em Campinas, onde os jogos normalmente são complicados; e o Botafogo pega outra papinha, o Prudente.

Se bem que os jogadores do Prudente, assim como os do Guarani, deverão ser estimulados por algum prêmio extra oferecido por generosos anônimos.

Resta torcer para que o Grêmio chegue vivo à última rodada, quando enfrenta o Botafogo no Olímpico. No mesmo dia, 5 de dezembro, o Atlético pega o Avaí.

A conclusão é que o Botafogo tem mesmo um caminho mais tranquilo pela frente, até porque já tem três dos nove pontos que ele ainda disputa já previamente contabilizados.

O bom é que o Grêmio depende apenas de si mesmo para garantir o quarto lugar, e quem sabe até beliscar o terceiro.

Mas tudo passa por uma vitória na Vila Belmiro neste sábado.

É difícil, mas já não duvido mais nada desse time comandado pelo Renato.

SAIDEIRA

A saideira hoje é chá de limão e gengibre, porque a gripe me pegou.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Jornal Já: homenagem ao Jorginho


O Jornal Já Bonfim publica em sua edição de novembro uma entrevista
que fiz com o meu primeiro editor no jornalismo, o Jorge Mendes.

Ele viu quase todos os Gre-Nais. Parece mentira mas é verdade.

Viu o Lara jogar e conviveu com grandes personagens do futebol gaúcho,
gente como o Tesourinha, que ele diz ter sido melhor que o Pelé.

Essa matéria eu fiz pra publicar no CP. Mas não foi possível.

É acima de tudo uma modesta homenagem a esse jornalista, memória viva
do futebol gaúcho.

O jornal tem distribuição gratuita. Pode ser encontrado, por exemplo,
na banca da Já Editores, na Feira do Livro.

Sou muito grato ao editor do Já, o Elmar Bones, que participa da matéria.

Aliás, Elmar é um guerreiro. Consegue manter sua publicação com muita
perseverança e coragem.

De uns tempos para cá enfrenta um processo absurdo da família Rigotto.

A razão disso vocês podem conferir no site www.jornalja.com.br.

Se não for Renato, quem?

O Grêmio deve ou não pagar 400, 500 mil reais por mês para Renato?

Esta é a pergunta que mobiliza multidões, mais até do que o show do Paul, que eu assisti emocionado, principalmente quando ele homenageou George com a belíssima Something que eu sei quase de cor. Admito que não consegui conter algumas lágrimas...

A questão, porém, deveria ser outra:

Se não for Renato, quem virá?

Posso acrescentar ainda outra perguntinha:

E quanto irá receber esse alguém? Esse 'alguém' me lembra as canções açucaradas da Jovem Guarda.

Dia desses o David Coimbra falou sobre essa polêmica em seu blog, destacando que a nova direção do Grêmio está na obrigação de renovar com Renato.

Eu concordo. Odone e cia. não tem outra saída. David foi xingado por muitos torcedores.

Eu me satisfaço se for avacalhado por uns dois ou três, até porque meu universo de leitores é mais pra show do Luiz Carlos Reche cantando Roberto Carlos, como ele fazia até pouco tempo na rádio Guaíba, provocado pelo Mendelsky.

- É tu, Ilgo, quem vai pagar essa grana pro Renato?, podem perguntar já com duas pedras na mão ou uma garrafa vazia da minha 1983.

Se dependesse de mim, treinador não receberia mais do que uns 200 mil. E olhe lá, que estou sendo até generoso.

Agora, quando um Silas da vida veio pra cá ganhando uns 200 mil, o Celso Roth ganha uns 300 mil, o Luxemburgo embolsa algo como 1 milhão de reais, então não vejo por que não pagar
meio milhão de reais para um treinador que já provou sua capacidade.

Com Renato, o Grêmio tem agora um Douglas valorizado, por exemplo. Poderia citar outros jogadores, mas fico só nesse que muita gente, inclusive eu, já queria ver longe do Olímpico. Só com a diferença entre o que valia e o que passou a valer Douglas o Grêmio paga um ano de Renato e ainda tem lucro.

Se o clube cortar alguns jogadores que só dão despesa já paga Renato.

Quem é mais caro, Silas ganhando 200 mil ou Renato ganhando 500 mil?

Renato já pagou com sobras o que o Grêmio lhe deu de remuneração nestes poucos meses.

Alguém pode imaginar quanto custaria cair pra segundona?

Se Renato tivesse vindo três rodadas antes, o Grêmio estaria agora disputando o título do Brasileirão. Quando custa isso? Ou melhor, o que rende isso?

Podemos acrescentar esse prejuízo - o de estar fora da briga pelo título e praticamente fora da Libertadores de 2011 - ao que foi pago para Silas.

Treinador que dá resultado, dá resposta positiva, se paga. Não importa o que custe.

Agora, é importante, fundamental até, estabelecer cláusulas que não penalizem tanto o clube no caso de uma rescisão antecipada com o técnico - Renato pode não repetir o que fez até hoje, é difícil, mas não impossível.

Então, penso que respondi: Renato deve continuar.

Aqueles que pensam o contrário podem começar a sugerir nomes para o lugar de Renato.

domingo, 7 de novembro de 2010

São Renato

Bem que um padre católico poderia ter aproveitado o evento de ontem no Gigantinho, onde houve a canonização de Madre Bárbara, e santificar também o Renato Portaluppi.

Ele juntaria as súmulas dos jogos do Brasileirão, desde o início, algo como AR e DR, Antes de Renato e Depois de Renato. Acrescentaria o que se dizia do grupo gremista, fatos que ocorriam no vestiário, vídeos de jogos, etc.

Com isso, ficaria provado o milagre que Renato Portaluppi fez com o time do Grêmio. Antes de Renato, li e ouvi muita gente metida a especialista, de entendido em futebol, afirmar que o time do Grêmio era ruim, que era um grupo para cair.

Essa gente não foi capaz de considerar que tudo era efeito do trabalho cometido pela dupla Meira-Silas, com aval e complacência do presidente do clube.

A contratação de Renato pelo Guerra mudou tudo. Os 'ruins' de antes viraram bons e até craques. Os desmotivados viraram guerreiros sob o comando de Renato.

O que Renato fez foi milagre. São Renato.

É aquela velha história, quando o time está desarrumado, ninguém mais presta.

Qualquer tentativa de diminuir a importância de Renato - dizer, por exemplo, que ele tem sorte - será aqui rechaçada veementemente.

Se for preciso, darei nomes aos hereges, aos ateus e aos 'atoas'.

São Renato.

Provas da santidade são muitas. A começar pela indicação de jogadores considerados médios para baixo, sobras, refugos. Esses jogadores chegam e mostram qualidade, como se estivessem iluminados pela luz do treinador.

Douglas, o 'preguiçoso', o 'bolinha no pé', se tranformou. Está mais faceiro que lambari na sanga.
Fábio Santos consegue, finalmente, manter regularidade.
Lúcio se revela um volante que marca e sair com velocidade para o ataque.
Fábio Rochemback, o 'Gordo', de jogador pesado e lento, se transforma num maestro, que tanto faz solo de piano como carrega o piano. E isso com alegria e entusiasmo juvenis.

Renato perdeu um titular importante, festejado por uns, nunca por mim, o Borges, e transformou André Lima no companheiro ideal para o craque Nilmar, digo, Jonas.

Há meses, sob vaias de colegas, declarei que Jonas e Nilmar se equivaliam, eram atacantes com luz própria, que criam jogadas e fazem gols.

Hoje, confesso que errei. Jonas é melhor que o Nilmar.

E o Gabriel, o que dizer do melhor lateral que passou pelo futebol gaúcho nos últimos anos...

Em tudo está a mão de São Renato.

Renato fala demais às vezes, mas um santo tem direito de cometer certos excessos.

SAIDEIRA

O Grêmio venceu o Ceará ao natural. goleada que começou com dificuldades, com São Victor (este já deveria estar canonizado há tempo) fazendo seus costumeiros milagres.

Depois, semeados por Douglas e Jonas, principalmente, os gols foram brotando. A goleada só não foi maior porque a arbitragem não deixou.

Com isso, o Grêmio - outro milagre - passou o Inter, o atual campeão da Libertadores e virtual bicampeão do mundo - essa Inter de Mião está mais pra Inter de Limeira.

A vaga na Libertadores 2011 é palpável. Mas, se minha tese estiver certa, o lugar está reservado ao Botafogo. Espero estar errado.

Vamos ver como será o jogo contra o Avaí. Bem, vamos confiar nos poderes de São Renato.

Outra tese: Corinthians campeão. Vamos ver o que fará o Simon no jogo em SP.

FECHANDO A CONTA

Que bola esquisita aquela recuada pelo Bolívar para o Pato. Tudo muito estranho. Saiu o Renan, queridinho dos zagueiros, e a zaga faz esse tipo de coisa.

sábado, 6 de novembro de 2010

Os colorados e Renato, o 'incomodador'

Renato fica ou não fica? A questão deveria interessar apenas aos gremistas. Notórios colorados, no entanto, estão metendo a colher nesse angu. Ouvi dois deles num programa de esportes, ontem, interpretando frases do Renato, que muitas vezes é afoito e espontâneo demais ao falar - sempre foi assim, desde jogador -, como um interesse de voltar ao Rio.

Essa conclusão foi baseada principalmente em declarações de Renato em seus primeiros dias em Porto Alegre, que ele não conseguia ter privacidade, não podia sair à rua sem ser assediado, etc. 'Renato está triste, está infeliz', concluiu o cronista colorado não assumido.

É nessas horas que reavalio uma convicção que (ainda) tenho: que todos os cronistas esportivos são isentos e honestos em suas análises.

É claro que o cronista a que me refiro pode realmente pensar assim, e nesse caso estaria sendo honesto. Não tenho motivo para duvidar disso, até por seu histórico. Nessa hipótese, então, ele estaria sendo no mínimo precipitado ao chegar a tal conclusão - de que Renato não quer ficart aqui - até por falta de mais elementos.

Outro, este assumido, chegou a dizer que Renato não está com essa bola toda porque fracassou na Sul-Americana, da qual o Grêmio foi eliminado prematuramente. Na ânsia de diminuir a importância de Renato, ele desprezou o fato de que o técnico recém começava seu trabalho, feito em cima da desgraceira deixada por seu antecessor, que hoje me nego a citar o nome.

Assim como eles podem ser precipitados em suas análises, eu também me dou o direito de talvez estar sendo precipitado. Mas pelo que tenho lido e ouvido, os colorados da mídia ou não, estão loucos para ver Renato pelas costas.

E por que? Será que temem um crescimento descomunal do Grêmio com Renato? Pode ser, mas acho que para eles deve ser insuportável ver a torcida do Grêmio tão feliz com seu ídolo maior, algo que o torcedor colorado não consegue realizar com seus ídolos do passado, recente ou distante.

Aqueles que lutaram ferozmente como petistas ameaçados com a perda do poder contra a vinda de Renato para o Olímpico como treinador, estão desconsolados.

Alguns, hoje, até negam, na maior cara de pau, que um dia atacaram Renato. Tem um que chegou a declarar que Renato sequer é treinador.

O fato é que Renato está incomodando muita gente, e não são apenas os colorados e os adversários.

SAIDEIRA

Renato a mim não incomoda, pelo contrário. Sempre defendi sua contratação, desde que Roth entregou o Brasileirão para o SP, acumulando derrotas em Gre-Nal. Ali ele deveria ser substituído. Eu queria o Tite. Renato era minha segunda ou terceira opção. Depois, de novo, na Libertadores. A torcida do Grêmio queria Renato, segundo enquetes feitas. Eu junto, mas ainda com Tite como primeira opção.

Agora, Renato me inquieta. Eu achava que o time não jogaria sem Maylson. Renato provou que joga e vence. Queria um time com três volantes de ofício. Renato não me ouviu, e continuou vencendo.

Renato descadeirou minhas teses. Esse Renato incomoda mesmo...

PENDURA

Não acredito que o Grêmio consiga vaga na Libertadores. Nos três últimos jogos foi prejudicado pelas arbitragens. Sua ascensão foi bloqueada por outros 'interésses' ou por incompetência mesmo. Mesmo assim, sempre resta uma esperança. E a esperança aumenta ou diminui a partir do resultado de Grêmio x Ceará, neste sábado.

É preciso vencer e torcer para que Avaí x Botafogo tenha uma arbitragem isenta.

Já o Inter joga em ritmo de treino, fixado apenas na disputa do Mundial, que irá vencer a julgar pelo futebol que a Inter está jogando.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

As arbitragens e a trama diabólica

A punição do pernambucano Nielson Dias, o sujeito que conseguiu ver pênalti do Léo, mesmo muito perto do lance, é justa. O SP acabou vencendo por 2 a 0.

Já o Héber Roberto Lopes segue intocável. Este, ao contrário de Nielson, é mais antigo, tem histórico de bons serviços prestados à CBF. Entendam: bons serviços à CBF e à sua famigerada Comissão de Arbitragem não significa bons serviços prestados ao futebol.

Voltando ao jogo em MG. Engana-se quem acredita que o erro 'humano' aconteceu para beneficiar o São Paulo.

Foi para impedir que o Cruzeiro assumisse a ponta, com 3 pontos de vantagem sobre o Corinthians, que, já escrevi há muito tempo, é a bola da vez.

O Corinthians, no ano do seu centenário, será o campeão. Estou apostando.

Pode ser paranoia minha, mas sempre há uma trama maior, algo muitas vezes imperceptível, porque são tantos 'erros humanos' pra cá e pra lá que deixa qualquer paranoico confuso.

Há quem acredite que tudo acontece para beneficiar o Fluminense. Que ele é a bola da vez para ser campeão.

Há quem acredite que o pênalti não marcado sobre o Fluminense - Heber a favor do Botafogo assinalou um na última rodada, conforme lembrou um colega botequeiro no post anterior - foi para ajudar o time carioca. Pode até ser, mas foi principalmente para impedir que o Grêmio continuasse sua escalada rumo ao trio ou quarteto da Libertadores.

Porque aí prejudicaria o Botafogo. O objetivo é colocar o Botafogo no grupo de cima. E afastar, eliminar, destruir, quem ousar se aproximar, ameaçando a trama macabra que a minha mente doentia percebe.

O Botafogo está praticamente dentro do G-4. Mas será o suficiente? Ele não precisa subir mais ainda para ter certeza de que irá disputar a Libertadores? Acho que pode sobrar para o Cruzeiro.

Agora, para concluir, o presidente da tal comissão é o sr. Sérgio Corrêa. Nunca vou esquecer esse nome.

Eu estava na redação do CP, fazendo um jogo decisivo da Copa do Brasil, Grêmio x Palmeiras. Bola cruzada da linha de fundo, bem no finalzinho do jogo se não me engano, e o Jardel vindo de trás manda a bola para a rede.

aí aparece essa figura citada acima com a bandeira - seu 'instrumento', como diziam os narradores - erguida, marcando um impedindo que tirou mais um título do Grêmio.

Nem me lembro que ano foi. Mas faz tempo.

Hoje, esse cidadão acima de qualquer suspeita comanda a arbitragem.

No ano passado, ele foi alvo de uma denúncia de Jorge Rabelo, da comissão de arbitragem do RJ, na qual Corrêa é acusado de tentar comprar aposentadoria antecipada de alguns juizes do quadro da Fifa. Um deles o Djalma Beltrami, que em troca de sair antes do quadro da Fifa apitaria mais jogos importantes. Mas como garantir isso se é 'sorteio'?, questionou o denunciante num documento oficial.

Essa é a nossa arbitragem...

SAIDEIRA

Renato falou demais. Falou bem, mas falou demais. Mexeu com os novos dirigentes, talvez estimulado pelos atuais. Botaram pilha no Renato.

Uma frase dele me intrigou: 'por enquanto estou pedindo' (para calarem a boca). O que ele quis dizer? O próximo passo é mandar (calar a boca), ou ele vai partir para a porrada?

Ou será capaz de largar o clube, porque, afinal de contas, seu objetivo foi atingido (impedir o rebaixamento).

Não duvido de nada.

Agora, os cartolas que estão chegando, meio que patrolando, falaram demais demais mesmo. E não gostaram da reação de Renato.

Nada que uma boa conversa regada a 1983, aqui no boteco, não resolva.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A 'galinha morta' e as arbitragens

O Grêmio venceu o Goiás e a arbitragem. Quando era uma 'galinha morta' cacarejando para fugir do rebaixamento, o Grêmio não incomodava ninguém. A não ser, claro, sua torcida.

As arbitragens, com raras exceções eram isentas. Teve um jogo, acho que contra o Cruzeiro, o Grêmio até foi ajudado pelos homens de preto.

Com a surpreendente sucessão de resultados positivos, o Grêmio foi subindo, subindo... Subiu tanto que passou a incomodar, a ameaçar os planos dessa gente sem rosto e sem nome que articula há anos para beneficiar essa ou aquela agremiação do eixo Rio-SP.

Bem, aí o Grêmio passou a ser vítima dos tais 'erros humanos', que durante alguns jogos ou não existiam ou, mais raramente, lhe eram favoráveis.

Contra o Inter, Carlos Simon deixou de marcar um pênalti a favor do Grêmio.

No jogo seguinte, Héber Roberto Lopes, um juiz que sempre surge no caminho da dupla Gre-Nal em momentos de definição - talvez por ser um profissional eficiente, cumpridor de seus deveres -, não marcou um pênalti escandaloso em Jonas e depois cometeu outras atrocidades que nunca serão punidas.

Nesta rodada, no Serra Dourada melancolicamente vazio, o juiz José de Caldas Souza se esforçou para prejudicar o Grêmio. Fez o que estava ao seu alcance. Anulou gol, deixou de marcar pênalti e permitiu pancadas por trás no goleador do Grêmio, sem punir os agressores com cartão.

O problema que dessa vez o Grêmio foi muito superior ao adversário. O Goiás, diante da iminente queda para a segundona, está perturbado. Sem confiança, sem moral, sem torcida. Tivesse um pouco mais de tranquilidade poderia aproveitar melhor os 'erros humanos' da arbitragem.

O que importa, mesmo, é que o Grêmio continua na briga por uma vaga na Libertadores.

Vamos ver o que irão aprontar contra o Ceará. Se bem que no Olímpico fica mais difícil qualquer tipo de armação. Difícil, mas não impossível.

SAIDEIRA

Depois do jogo, o puxão de orelhas nos cartolas. Se não podem ajudar, que calem a boca. É mais ou menos esse o recado do Renato. Não é o momento de deixar vazar notícias sobre dispensas e contratações. Nem de falar em problemas financeiros, ou de supostas propostas salariais do Renato para renovar.

A situação perdeu (merecidamente) a eleição. Que se conforme.

A oposição venceu. Que festeje em silêncio e espere a sua vez.

Renato, que tirou o Grêmio da zona de rebaixamento (é preciso nunca esquecer), quer agora uma vaga na Libertadores.

Por favor, calem suas matracas e deixem o Renato trabalhar.

Quem abrir a boca pra atrapalhar, é pior que essa corja que atua nos bastidores do futebol brasileiro.

FECHANDO A CONTA

O Inter ficou no empate com o Fluminense. Está fora da disputa do título. Continuo apostando todas as minhas fichas no Corinthians, como já registrei aqui entre um chopp e outro há muito tempo.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A vida continua

Conheço um jornalista esportivo que até hoje questiona quando lhe
dizem que o Inter conquistou o título mundial.

No dia da decisão contra o Barcelona ele simplesmente apagou. Tomou uma dose cavalar de
lexotan e só voltou a si muito depois do último foguete.

Até hoje, ele sustenta que o Grêmio é o único clube gaúcho campeão do mundo.

Eu quase segui o exemplo em relação à eleição de ontem. Fui o último a
votar na minha zona. Os pobres fiscais bocejavam quando eu cheguei.

Votei e mantive o rádio desligado. Não entrei na internet. TV só pra
ver filme, Silvio Santos, Gugu, e qualquer coisa mais que me
mantivesse distante de notícias sobre a eleição e, principalmente,
sobre a apuração.

Tarde da noite, vacilei e acabei ouvindo que a Dilma havia vencido. As
urnas confirmaram as pesquisas.

Logo, na próxima eleição fiquemos apenas com as pesquisas. Até porque
o título de eleitor, documento criado unicamente pra gente usar em
eleição, não tem validade alguma na eleição.

Então, elimine-se a eleição, e fiquemos com as pesquisas, que, como
sabemos, são absolutamente isentas e idôneas.

O problema é como a mídia vai reagir sem a grana preta que o governo
paga para divulgar a eleição, motivando a gente votar. O voto é
obrigatório e ainda assim gastam tanto pra convencer a gente a
votar.

Ainda me refazendo do golpe (golpe? onde? Contra quem?), decidi
reabrir o boteco, sacudir o luto e seguir em frente.

Ganhou a Dilma, ganhou o PT.

Bem, pelo menos temos um presidente mais instruído.

Vamos torcer para que tudo dê certo e a eleita faça um bom governo,
com respeito à liberdade.

O Brasil merece.

SAIDEIRA

Depois de sei lá quantos anos, Haroldo de Souza deixa a Rádio Guaíba.
O desenlace ocorreu na sexta-feira. Ele vai pra Band.
A Guaíba fica mais pobre, perde força. Uma pena.
Mas desconfio que o Reche vai comandar uma reação.