quinta-feira, 31 de março de 2011

Renato, as situações esdrúxulas e um ano sem CP

No final da tarde de hoje, na Band, um conhecido jornalista esportivo classificou de 'a coisa mais esdrúxula' que tinha visto no futebol gaúcho nos seus '15 anos de carreira' essa situação envolvendo a folga de Renato.

Com o tom de voz elevado, um tanto acima do normal, criticou Renato por ter pedido afastamento para jogar futevôlei 'em pleno campeonato gaúcho' e a direção por ter permitido.


Incluo essa manifestação no arquivo dedicado aqueles que não se conformam que o Grêmio (sua torcida ao menos, e é o que afinal importa) tenha essa relação de amizade, de cordialidade de tolerância com seu maior ídolo. Parece que isso incomoda, perturba, inquieta e, em alguns casos, causa revolta e inveja.


Se a questão é o afastamento em pleno Gauchão, como podemos classificar a decisão de uma diretoria e de sua comissão técnica de escalar um time C para disputar uma parte significativa do campeonato, o que resultou na sua eliminação prematura da primeira fase? Será que cabe a palavra esdrúxula para essa decisão? Acredito que sim.


Estou certo de que essa questão do futevôlei teria outro tratamento se o Grêmio tivesse perdido o primeiro turno.


Colegas do talentoso jornalista apressaram-se a lembrar de situações mais ridículas: a poltrona 36, por exemplo.


Mas aí fugimos um pouco da questão que interessa: a gestão do futebol. Nesse aspecto, nada pode ser comparado ao que fez a diretoria anterior do Grêmio ao esperar 40 dias por um treinador em meio à disputa de uma Libertadores. Por coincidência, Renato era apontado em todas as pesquisas feitas com a torcida gremista como um dos fortes candidatos a substituir Roth (toc-toc-toc).


Enfim, essa foi de longe a decisão mais esdrúxula e estapafúrdia que eu vi nos meus 32 anos de carreira como jornalista, a maior parte do tempo no futebol.


Estou convencido de que o colega, na ânsia de alfinetar Renato, não pensou muito sobre o assunto, ou foi traído pela memória. Ou, ainda, realmente acredita que dar folga a Renato foi mesmo uma decisão que causou enorme prejuízo à instituição. É uma questão de valores.


SAIDEIRA


No Sala de Redação, percebi que seus participantes ficaram consternados com a situação de Gilson, que depois de marcar o gol mais bonito de sua carreira, foi imediatamente substituído por Renato. Teria sido uma espécie de punição. Não foi, claro. Por que Renato iria punir o lateral esquerdo que mais admira no elenco gremista? Era uma questão de buscar a vitória e, nesse caso, não se pode perder tempo. Renato colocou um atacante.


Ah, pobre do Gilson. Ah, digo eu, pobre do torcedor que tem que aguentar o Gilson.


FECHANDO A CONTA


Há exatamente um ano, mais ou menos neste horário, eu decidia deixar a Caldas Jr, onde comecei a trabalhar em 1978. Foi uma decisão difícil, mas as circunstâncias me deram força e determinação.


No dia seguinte, primeiro de abril, pela manhã, bem cedo, entreguei minha carta de demissão no departamento de pessoal.


Um mês depois, convidei colegas do esporte que julgava amigos (afinal, tínhamos uma relação fraterna, éramos quase uma família, daquelas que se dá bem) para uma confraternização num bar. Só apareceu o Chico Izidro.


Agora, cheguei a pensar em convidar os ex-colegas de tantas brincadeiras na redação para um encontro comemorativo a este primeiro aniversário de desligamento do CP. Poderíamos falar do velho Moura, que nos deixou recentemente, e dos velhos tempos. Daríamos boas risadas. E, claro, falaríamos mal dos ausentes, que é a melhor parte nesses encontros.


Mas acabei me dando conta que pagaria outro mico, passaria por outra decepção. De decepção chega as que o Grêmio me dá.


Hoje, infelizmente, eu sei que nós não éramos tão amigos quanto eu imaginava. Mesmo assim, ficaram os bons momentos, e estes são meus parceiros para sempre.

Ozzi e o gol contra de Gilson

Ozzi Osbourne cobriu parte do corpo com a bandeira do Grêmio. No Gigantinho!!!! E não foi vaiado, é o que saiu nos saites. E mais, no final, desprezou uma bandeira do Inter jogada sobre o palco.

Será o público desse tipo de show mais civilizado do que o que frequenta os estádios de futebol? Ou o pessoal não tá nem aí pra essa rivalidade que às vezes beira à insanidade?

Agora, o mais interessante da noite musical-futebolística é que Celso Roth ficou um jogo sem sofrer o repúdio da torcida. Se houve alguma vaia, não foi enfatizada.

O time colorado bateu o glorioso Jorge... por 3 a 0. E com gols dos jogadores que se aproximam do goleador Damião e não são exatamente atacantes dentro do conceito tradicional ao menos: Oscar, D’Ale e Zé Roberto.

Por falar em vaias, Gilson entrou definitivamente no grupo dos mal-amados. Ele marcou um gol contra (e foi um belo gol de cabeça), e abriu caminho pro Juventude virar o jogo no Jaconi: 3 a 2.

Gilson, está provado, não tem condições de jogar num clube de ponta, num clube que almeja grandes títulos. O gol que marcou pode ter sido providencial. Se Gilson começar o próximo jogo, principalmente se for da Libertadores, terá que jogar o que nunca jogou na vida para conquistar a torcida.

O técnico Renato estará desafiando a sorte se continuar bancando esse rapaz. A hora é de Neuton na posição. Ou de Bruno Colaço. Nunca de Gilson.

Se domingo o Inter não conseguiu superar o São Luiz, no beira-Rio, mesmo com um jogador a mais no segundo tempo, o Grêmio não ficou atrás. Conseguiu perder para o modesto time do Juventude, que ficou uns 30 minutos com um jogador a menos.

Agora, o lance da noite foi o Ozzi envolto pela bandeira tricolor na casa dos colorados. Minimizou o fracasso no Jaconi.

Ah, Leandro marcou mais um gol e foi destaque. Renato já confirmou que ele segue no time.

Leandro pode ser um indicativo de que nem tudo está perdido na Libertadores.

Mas ainda falta um grande centroavante, ou um centroavante grande.

quarta-feira, 30 de março de 2011

A volta de Koff

Com o Clube dos 13 ruindo, o ex-presidente Fábio Koff deve buscar outros rumos. Ele admite voltar ao Grêmio.

Koff foi o último grande presidente do clube. Todos os outros cometeram erros de maior ou menor envergadura.

Alguns conseguiram sucesso aqui e ali, e graças a isso conseguem voltar. Outros, nomes que é melhor esquecer, empilharam fracassos. No meio do caminho, houve quem fosse extremamente danoso ao clube.

Uma pena que o possível retorno cheire a retaliação política por causa da posição adotada pelo presidente Paulo Odone, que aderiu rapidamente ao projeto da rede Globo.

Uma pena, também, que se tivesse retornado antes, talvez a situação do Grêmio hoje fosse outra.

Mas vale o ditado: antes tarde do que nunca.
Koff tem todas as condições de colocar o Grêmio de novo no rumo dos grandes títulos.

Ah, a lamentar a morte de um grande dirigente: Rudi Petry, o homem que consagrou a frase 'assunto de economia interna'. Se realmente voltar, Koff não terá mais a voz sábia e conciliadora do 'seu' Petry.

SAIDEIRA

Sábado, passei o dia fazendo um curso de cervejeiro. O segundo. O primeiro foi com o mestre Cléber, do http://www.alquimiadacerveja.com.br/. Ali aprendi os primeiros passos e lancei a 1983 e a Mazembier. Senti necessidade de aperfeiçoamento.

Fiz o segundo curso com um mestre cervejeiro formado na Alemanha. É a minha pós-graduação.

A 1983 (Pale Ale, Weiss, Pilsen e Golden Ale) está cada vez melhor. A Mazembier é um sucesso. Tem gente que compra, bebe e coloca a garrafa cheia de café como um troféu na prateleira da sala.

Em seguidinha, sai do forno, digo, da geladeira, a Kidiaba. Um cerveja tipo Dunkel, com puro malte alemão. Quem tive interesse, que faça sua reserva o mais rápido possível. São poucas unidades.

domingo, 27 de março de 2011

Um raio de luz e o futevôlei

Quando assisto a um jogo do Gauchão nem penso na tabela de classificação, não me preocupo com o resultado, e outras coisas banais como a 'grande polêmica' que envolve a participação ou não de Renato num torneio de futevôlei no Rio.


Percebo que tem muita gente preocupada com isso: "Meu Deus, como ficará o Grêmio sem Renato num final de semana?". Está aí uma questão que poderia ser tema do programa Polêmica da R. Gaúcha, ou do Conversas Cruzadas, da TVCom.


Os sites também poderia fazer uma enquete, algo bem tendencioso: Renato tem o direito de deixar o time na mão para se divertir nas areias de Copacabana?


Agora, deixando as amenidades de lado e voltando ao que interessa: cada jogo do Gauchão serve basicamente para que a gente avalie as condições do time (Grêmio e Inter) em termos de Libertadores.


É claro que é bom ser campeão do regional, mas no momento o que conta é a mesmo a disputa da Libertadores, ainda mais que os dois estão envolvidos e a qualquer momento podem se enfrentar, provocando um terremoto de emoções, seguido de tsunami no Guaíba.


Os resultados da dupla no Gauchão não dizem muita coisa, mas o que os times apresentaram sim. O Inter, dentro de casa, com titulares, ficou num melancòlico 0 a 0 com o São Luiz. O resultado foi ruim, a atuação pior. Os colorados ficaram preocupados.


Já escrevi: o Inter tem time para ser campeão da Libertadores, mas não tem treinador para chegar lá. O Grêmio, ao contrário, tem treinador para ser campeão, mas não tem time. Por enquanto.


É aí que eu quero chegar: Leandro, com seus 17 anos, é uma raio de luz em meio a mediocridade ofensiva do Grêmio desde a saída de Jonas. No jogo em Pelotas, um jogo encardido, o guri jogou com naturalidade e espontaneidade (características fundamentais dos craques). Entrou no intervalo (Escudero, lesionado. O argentino foi razoável) e mudou a cara do time. Outra característica do craque.


Então, o Grêmio está ganhando um reforço importante para a segunda fase da Libertadores. Falta, agora, um centroavante.


O Grêmio não pode depender apenas de um centroavante, ainda mais se esse centroavante for o Borges. Além de dodói, é um jogador que não tem temperamento e força para enfrentar as agruras da Libertadores.


Mais do que um centroavante, o Grêmio precisa alguém para ser titular, com Borges ficando na reserva. Fora isso, não tem salvação.


Sobre a vitória por 3 a 1 sobre o Pelotas: foi justa. No primeiro tempo, jogo parelho. A melhor chance de gol foi do Pelotas, com o Clodoaldo entrando livre nas mãos do Marcelo Grohe, que, aliás, está me surpreendendo (além do mesmo corte de cabelo do Victor, ele está tão seguro quanto o titular). No segundo tempo, com a já tradicional sacudida de Renato (mais uma diferença entre ele e Roth), o time envolveu o Pelotas e chegou fácil à vitória. A dupla W. Magrão-Adilson foi demais.


SAIDEIRA


Não sei se mais alguém percebeu: Borges reclamou forte de Leandro em dois lances. Num, Leandro pegou a bola pela direita e chutou forte, cruzado, com a bola desviando no zagueiro e saindo para escanteio. No outro, Leandro foi ao fundo e chutou rasteiro, com o goleiro mandando para escanteio, que resultou em gol. Em ambos os lances, Borges gesticulou irritado, talvez porque quisesse o cruzamento, talvez por inveja mesmo. Escrevi sobre a inveja na semana passada.


FECHANDO A CONTA


Há uma semana participei do programa Cadeira Cativa, na Ulbra TV. O Reche não comandou o programa. Motivo: foi passear (na verdade, um evento social importante) em SP a convite da direção da Record (acho que o Reche vai acabar na matriz, tá com moral). Se o Reche pode deixar seu programa na mão, porque Renato não pode se divertir um pouco no Rio? Nem o programa perdeu grande coisa, nem o Grêmio vai perder.


Agora, uma coisa é certa: fosse com Roth, daria uma revolução.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Uma joia no Olímpico

'Gostei do Mithyuê. Gostei também do Viçosa, que tem potencial. O Vinicius entrou e fez um gol num passe do Leandro, um guri promissor, talvez o mais promissor de todos que estavam em campo.'

O parágrafo acima escrevi depois da vitória de 2 a 0 sobre o Porto Alegre.

A frase abaixo é do técnico Renato, após a goleada do pobre Inter de Santa Maria:

- O Leandro é uma joia (gostava mais quando joia se escrevia 'jóia') que o Grêmio tem.

O jogador de exceção joga alguns minutos e mostra que é bom. Foi assim contra o Porto Alegre, e repetiu-se neste jogo na goleada de 6 a 0. O guri Leandro entrou e fez dois gols.

Alguns o chamam de Neymar.

É evidente que Leandro será inscrito para disputar a Libertadores.

O Grêmio praticamente garantiu sua classificação com a vitória do União Petrolero sobre o Leon.

É um segundo lugar, mas já é muito para o time que foi montado para a competição.

Leandro é um guri, imaturo ainda, será ele capaz de dar a qualidade ofensiva que o time precisa e que não tem desde a saída de Jonas?

Por mais que veja no guri um baita talento, um jogador de enorme potencial, acredito que ele não está preparado para as agruras da Libertadores. Mesmo assim, será útil. E digo mais, deve receber oportunidade de jogar ao lado do Borges.

Aliás, dias atrás escrevi que Borges é dodói e que logo desfalcaria o time. Lesionado, segundo dizem, não jogou contra o Inter-SM. Pode ter sido poupado. Mas sem dúvida daqui a pouco ele vai deixar o time na mão. E aí, quem será o centroavante?

Reitero: a direção não armou o grupo para vencer a Libertadores.

Vamos ver agora o que ela vai fazer diante da classificação à próxima etapa da
competição. Vamos ver.

Soube que a rede Globo antecipou 30 milhões de cota de TV.

Então, que se invista na qualificação da equipe.

SAIDEIRA

O argentino Escudero voltou a mostrar que conhece. A esperança de título renasce se Escudero e Leandro confirmarem diante de adversários mais fortes.

A inveja e a Kidiaba

Inveja. É o que estou sentindo. Inveja é um sentimento baixo, mesquinho, pequeno. Mas quem nunca teve inveja na vida que atire a primeira pedra.

Não sinto inveja do RG, por exemplo. Imagine, rico daquele jeito, submetido à vontade do irmão e curtindo pagode. Não dá pra ter inveja.

Inveja mata. Dia desses, no litoral, um brigadiano admitiu ter matado um boxeador de futuro promissor por inveja.

Inveja é o título de um livro do Zuenir Ventura.

Esse sentimento corrói por dentro. Mas foi incontrolável quando li que o Inter vai disputar um torneio com a elite da elite do futebol mundial. Só grandes clubes do futebol europeu, e o Inter aqui do terceiro mundo.

Os outros três levam uma vantagem sobre o Inter: não consta que tenham perdido para o Mazembe, nem jogo de peteca ou de bocha. Menos ainda de futevôlei, especialidade do Renato.

Não seria mais justo levar o Mazembe no lugar do Inter?, pensei no olho do furacão causado pela inveja.

A vida é injusta, o mundo é injusto.

Quando começava a superar esse sentimento tão negativo e corrosivo, eis que vejo Sobis e Cavenaghi no ataque do Inter contra o Zequinha.

Vi alguns lances formidáveis do argentino. Um tiro de sem pulo extraordinário, após o passe do Oscar (como é que o SP foi perder esse talento? e ainda mais para o Inter, olha a inveja aí de novo).

Sobis, Cavenaghi e Damião. Qualquer um deles seria titular do Grêmio. Borges ficaria no banco do Inter. Ou nem isso. Inveja, pura inveja.

Ah, mas o Inter venceu apenas por 1 a 0, e o adversário era o Zequinha, alguém despeitado (é outro sentimento desprezível) pode observar.

Não importa. O que vale é o enorme potencial desses jogadores citados.

O Inter é candidato ao título da Libertadores. O Grêmio, do jeito que está, com apenas Borges de atacante, passou a ser um mero figurante.

Ainda mais quando cogitam de contratar o Éverton, do Caxias.

Se Éverton é solução, então só me resta mesmo é me afogar no poço escuro da inveja.

Só não faço isso porque tenho o Roth como esperança de novos dias.

SAIDEIRA

Informo que a 1983, de trigo, já pode ser degustada no Box 21, que fica ali na Rua Carlos Von Koserits, 304, bairro Higienópolis, perto da Sogipa.

E que a Kidiaba, uma cerveja escura, fica pronta em dez dias. O rótulo ficou um espetáculo.

Quem quiser, pode encomendar long ou 600 ml. Máximo de três unidades por pessoa.

O email pra contato está ao lado.

domingo, 20 de março de 2011

Renato e os reservas discretos e esforçados

Liguei a TV, reduzi o som abaixo do zero. Liguei o rádio. Estava com toda a boa vontade, disposto a identificar no time reserva do Grêmio alguém que possa ser titular incontestável e que justifique todas as críticas - inclusive minhas - ao Renato por não dar oportunidades a esse ou aquele guri da base.

Depois de 90 minutos, cheguei à conclusão de que a situação está pior do que eu imaginava.

Não vi ninguém incontestável para entrar no time titular. Ninguém.

É claro que há uma meia dúzia de jogadores que podem disputar a titularidade, mas ninguém que a gente possa afirmar que está sendo injustiçado.

De todos que estavam em campo, vi apenas um que ninguém questiona: o Victor.

O resto ainda tem que provar. É evidente que Renato poderia olhar com mais carinho para alguns jovens. Entre eles, o Neuton, que a meu ver deve entrar na lateral-esquerda.

Maylson, que eu admiro, só jogou mesmo no segundo tempo. Saimon é um bom zagueiro. Willian Magrão está sempre entre os titulares.

Gostei do Mithyuê. Gostei também do Viçosa, que tem potencial. O Vinicius entrou e fez um gol num passe do Leandro, um guri promissor, talvez o mais promissor de todos que estavam em campo.

O Pessali fez boa partida, marcou, armou. Mas assim como os outros não foi nada de extraordinário, nada que me desse maior entusiasmo.

O Fernando, que ainda não vi justificar seu prestígio, foi correto, eficiente.

E o Escudero? Marcou um belo gol na vitória por 2 a 0 sobre o Porto Alegre. Fez algumas boas jogadas, mas é outro que precisa jogar mais para ser titular de um time que ambiciona o título da Libertadores.

Ficou claro, contudo, que ele precisa ser melhor aproveitado, até porque Carlos Alberto não mostrou grande coisa até agora.

Gostaria de estar aqui escrevendo que Renato está sendo muito injusto, que existem jogadores na reserva capazes de mudar a cara do time. Mas não é verdade.

Portanto, mais do que o Renato, cabe à direção se mexer.

sábado, 19 de março de 2011

Renato deveria subir à presidência

Sob Intervenção, é o título de uma matéria na ZH deste sábado, assinada pelo sempre atento Luís Henrique Benfica, excelente colega dos tempos do CP e grande repórter. Na linha de apoio, ou segundo título: Odone vai descer ao vestiário.

O conteúdo da matéria está resumido no título. Odone vai intervir no vestiário. Não vai. Renato não vai deixar.

Odone, é claro, tem o direito de chamar Renato pra conversar sobre o time, manifestar sua insatisfação. Perfeito.

Mas, antes de deixar seu confortável gabinete, Odone deveria exercer melhor sua função de presidente do clube.

Se Renato não está mais correspondendo como técnico, Odone vai pior como presidente.

Seria o caso de inverter a situação:

"Sob Intervenção

Renato vai subir à presidência"

Esta seria a manchete correta para colocar o Grêmio no prumo ao menos no que diz respeito ao futebol.

Paulo Odone e seus subordinados do futebol não estão fazendo o dever de casa: faltam substitutos para Jonas e André Lima. Hoje, só há um atacante confiável, Borges, o resto não faz cócegas nas defesas adversárias.

Pode-se sonhar com título da Libertadores tendo apenas um atacante, que nem é lá essas coisas?

E a lateral-esquerda. É incrível, mas tenho saudade do Fábio Santos.

E aí entra uma das minhas críticas ao Renato. Por que não dar ao Neuton as mesmas oportunidades que ele tem dado, genero e injustificadamente, ao Gilson?

Outro que merece ser melhor aproveitado: Maylson.

E afinal, quando iremos saber se Escudero é uma boa contratação ou não?

Odone e Renato têm muito o que conversar. Coisas para dizer um ao outro.

Só não sei se o local adequado é o vestiário ou o gabinete presidencial.

Talvez campo neutro.

SAIDEIRA

Na matéria do Benfica, há citação de várias fontes, mas sem dar nome aos bois (cornetas?) (É 'um conselheiro', 'um assessor' e um 'interlocutor de Odone', nomes que é bom nenhum.

Está certo, preservar a fonte.

Imaginem se fosse o Kajuru assinando a matéria. Com ele, parece que não tem essa de preservar o sigilo da fonte.

quinta-feira, 17 de março de 2011

O tamanho do futebol do Grêmio

Ver o Grêmio numa tela de quase três metros de largura jogar o futebol sofrível que teve a coragem de apresentar contra o glorioso León é algo apavorante, traumatizante.

Foi o que senti hoje, quando vi o empate por 1 a 1 de dois times jogando uma bolinha varzeana, na casa de um amigo conselheiro do Grêmio, ao lado do Antônio Augusto, o maior plantão esportivo de todos os tempos. Ele está na rádio Pampa, à noite.

Esse time do León é pra vencer sem maior esforço, mas com um mínimo de talento, que apareceu raras vezes no jogo. Numa delas, Douglas deixou Carlos Alberto em condições de marcar, e o meia fez um golaço.

Fora o gol, o melhor que Carlos Alberto fez foi a comemoração imitando o Kidiaba. Damião provocou, levou o troco. E que troco!

(Ah, a cerveja Kidiaba vem aí, lançamento em abril.)

Quem me acompanha sabe que já joguei a toalha em termos de título da Libertadores.

Com o time atual e com Renato perdido, confuso e teimoso (difícil entender a insistência com Gilson e Bruno Colaço no meio de campo, entre outros atentados), o Grêmio cai na próxima fase.

Pode um time que tem apenas um atacante de qualidade, e qualidade limitada porque não sabe chutar com o pé esquerdo e é zero no cabeceio devido à sua altura, almejar algo mais que uma figuração na Libertadores?

Se com Borges é complicado, imaginem sem ele. O que faz a direção que ainda não contratou um centroavante com estatura de centroavante? E um companheiro para o camisa 9?

Já dei a dica: vejam no futebol japonês. Tem gente querendo voltar pra jogar de graça.

Já sugeri o Fábio Júnior, goleador do campeonato mineiro. Está bem, ele não é nem uma maravilha, mas teria feito os gols que Borges perdeu.

Será que vão morrer abraçados ao Clementino, ao Viçosa, ao Borges (abusou de arte de perder gol)?

Nos últimos anos, sucessivas diretorias comemoram vaga na Libertadores, o brinquedinho que todos sonham. Aí, com o brinquedo na mão, não sabem o que fazer com ele. É o que está acontecendo agora com Paulo Odone e cia.

Pior que isso só perder o Renato e ficar 40 dias esperando um técnico como aconteceu recentemente.

Decidi, depois do jogo desta tarde, que não vou aceitar mais o convite do meu amigo para ver o Grêmio na tela grande enquanto não vierem reforços para o ataque e enquanto Gilson continuar titular.

Se é pra me assustar, prefiro ver na tela pequena, no máximo cinco polegadas, que é afinal de contas o tamanho do futebol do Grêmio desde a saída do Jonas.

SAIDEIRA

Renato ofereceu hoje um banquete para os urubus se esbaldarem. Mas não tenho dúvida de que fez isso muito mais pela falta de opções ofensivas. E aí, é responsabilidade da direção. O fato é que aqueles que estavam à espreita, e outros que já davam uma alfinetada aqui e outra ali, vão se revelar plenamente.

Vão desprezar a omissão da direção e cair de pau no Renato.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Adilson é a bola da vez se Renato sair

Renato é criativo. Ao ver que tinha confiado demais no Kajuru, inventou essa de que pensava ser um trote e contra-atacou com outro trote. Veneno contra veneno, princípio da homeopatia.

É claro que foi a saída que Renato encontrou por ter falado demais. E logo pra quem?

Ele acreditou que Kajuru fosse preservar o sigilo da fonte. Normalmente, por ética, quando o informante diz 'olha, não sou que te disse', o repórter dá a notícia, mas não revela de onde saiu a informação.

Kajuru, não, colocou toda a gravação no ar.

Não tenho dúvida de que Renato foi procurado pelo Fluminense e que está inclinado a aceitar a proposta de voltar ao Rio. É no Rio que está sua família. Tem também seus amigos, seus parceiros de praia, etc.

Outro fator que pode levar Renato a deixar o Grêmio: ele perdeu seu melhor atacante e não houve reposição. Com Jonas, já seria difícil ganhar a Libertadores. Sem Jonas, e sem ninguém para o lugar (e agora sem André Lima), o título ficou impossível.

Ah, o Flu está mal na Libertadores, alguém pode lembrar. É, mas tem time para sair dessa, ainda mais com Renato.

Renato, se sair mesmo, sai por cima. Tirou o Grêmio do buraco no Brasileirão, algo que muita gente duvidou e hoje, livre da segundona, despreza esse fato;
de lambuja classificou o clube para a Libertadores.

Alguns ingratos estão relevando isso, e até torcendo para Renato ir embora.

São os mesmos que dentro de mais algum tempo estarão gritado: volta Renato!

Ah, quem vem se Renato sair?

Não tenho dúvida de que vem Adilson, que há dois levou o Cruzeiro à final da Libertadores. Não gosto dele como treinador, mas a direção gosta.

terça-feira, 15 de março de 2011

Renato Portaluppi de volta ao Flu?

Em entrevista ao jornalista Jorge Kajuru, do site Esporte Interativo, Renato Portaluppi admite que poderá voltar ao Tricolor Carioca até o final de semana.

Confira:

Só os títulos são eternos

Ao participar do Cadeira Cativa, ontem, defendi a atuação do Márcio Chagas da Silva, mais ou menos repetindo o que escrevi aqui. Estava presente o técnico Lisca, que criticou os acréscimos dados pelo juiz no tempo do jogo, assim como boa parte da crônica esportiva e também o atacante Damião. Sem contar as brincadeiras pela internet feitas por torcedores colorados, todas muito criativas, como essa de o auxiliar levantar a placa onde aparece escrito em letras luminosas: 'vai até empatar'.

Aliás, ao comemorar o gol lembrando os acréscimos, Damião quis mexer com os gremistas, mas na verdade agrediu a arbitragem. Jogadores gremistas criticaram o Damião, mas eu acho que o tribunal de justiça desportiva da FGF poderia intimar o jogador a explicar sua atitude. Afinal, ele estava ironizando o trabalho de um juiz de um jogo que sequer era o dele.

Fora isso, nada contra a brincadeira do Damião. O futebol anda muito carrancudo, dentro e fora de campo.

Por falar em carranca, o Muricy está aí, disponível. O técnico multicampeão está livre. Vejo aqui e ali muitos colorados sorridentes. Há quem vá torcer contra o Inter na Bolívia na esperança de ver Muricy no lugar de Roth...

Por outro lado, especulações sobre a volta de Renato ao Flu. Duvido que Renato, apesar de seu fascínio pelo Rio, vá se deixar seduzir pela tentação de voltar. Renato valoriza e preza muito sua imagem de ídolo do clube do seu coração.

Mas...

SAIDEIRA

Segue a polêmica envolvendo o Beira-Rio. Acho que o clube não deve vender sua alma só pra garantir a Copa do Mundo no seu estádio.

Escrevi o mesmo sobre a troca do Olímpico pelo Banhadão do Humaitá. Sei que o Banhadão é o pato feio que um dia se revelará um formoso cisne, mas não gosto dessa história dos 20 anos e preferia mesmo uma bela reforma do Olímpico.

O Brasil, do governo Lulla, se curvou à Fifa (as empreiteiras agradecem). Os clubes poderiam manter a coluna ereta.

Gostei da postura do São Paulo, que, diante do que exigia a Fifa, mandou os velhinhos suíços pra aquele lugar.

Agora, o presidente Luigi teme ficar marcado como o presidente que entregou a Copa para o Grêmio. Para mim isso não significa nada.

O que me interessa são as vitórias, são os títulos, porque esses são eternos.

FECHANDO A CONTA

Está espumando uma nova safra da 1983, já estupidamente gelada. Reservas pelo email
ilgowink@gmail.com.

domingo, 13 de março de 2011

Fábio Jr (não o o cantor) e os secadores venenosos

O time B do Grêmio imitou os reservas do Inter: perdeu. Aquela história de que o Gauchão é tão fácil que dá até pra escalar um time reserva pra ser campeão realmente não se confirma na prática.

O Grêmio perdeu para o Cruzeiro em pleno Olímpico, mas poderia ter obtido resultado melhor se Carlos Alberto não tivesse sido expulso. Achei rigorosa demais a decisão do árbitro Coruja, que nunca passou de um juiz razoável.

Dizem que ele teria ofendido o jogador gremista. Renato ouviu e ficou revoltado. Acabou expulso também.

Não tenho dúvida de que o interesse da FGF (e da TV) é de que outro time ganhe o segundo turno. Então, prevejo arbitragens estranhas. O Grêmio, ao escalar reservas, contribui para isso.

Estou ansioso para ver como será a arbitragem no Centenário, entre Caxias e Inter.

FECHANDO A CONTA

O Grêmio precisa urgentemente de outro centroavante. De preferência um centroavante com tamanho de centroavante.

Minha sugestão: Fábio Júnior.

Ele está com 34 anos, mas segue fazendo gols como poucos. É um dos goleadores do campeonato mineiro defendendo o América.

Lembrei desse nome ontem ao ouvir que ele havia feito três gols na rodada.

Não é o melhor nome. Pode ser que ele venha e seja um novo Tuta (toc-toc-toc), mas pelo que ele tem feito no América penso que seria um acréscimo.

Sem um goleador a mais o Grêmio não vai longe na Libertadores.

Renato já está mudando o esquema para jogar com um atacante de ofício. Tudo certo. Mesmo assim é indispensável a contratação de outro jogador para disputar com Borges, um jogador que se lesiona com facilidade.

SAIDEIRA

Da série 'secadores de Renato': um comentarista, ontem, lá pelas tantas disparou: 'Renato está levando um banho tático do Leocir (técnico do Cruzeiro)', desprezando o fato de que era o time reserva do Grêmio em campo.

Depois, não satisfeito acrescentou mais uma ou outra frase igualmente venenosa.

Em breve, começarei a dar nomes aos bois (ou jararacas).

GORJETA

Grande atuação do goleiro Matheus. Igualmente excelente o goleiro do Cruzeiro, Fábio.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Márcio Chagas precisa explicar por que acertou

Que tempos estranhos esses! Quando guri, ouvi meu pai repetir que honestidade era obrigação, nunca um atributo a ser elogiado.

Hoje, o sujeito honesto pode ser alvo de chacota, dependendo da circunstância.

Vejam o caso do juiz Márcio Chagas. Ele tem sido procurado para explicar por que fez cumprir a lei do jogo em Grêmio x Caxias.

Até os quero-queros do Olímpico perceberam que o Caxias jogou desde o início preocupado em fazer tempo. O juiz, por óbvio, também percebeu que uma das estratégias do Caxias era mesmo fazer cera.

Então, o que fez o Márcio? Ficou em cima, atento, para não fazer papel de trouxa. E alertou sempre que estava marcando cada ação fraudulenta.

O que devemos lamentar é que o normal é o juiz favorecer o infrator nesse tipo de jogada que afronta a lei do jogo e o espírito esportivo, bem, isso nem existe mais faz tempo.

Márcio explicou que já agiu dessa maneira em outras ocasiões, dando até 10 minutos de acréscimo.

Não duvido que seus chefes na arbitragem o critiquem, não duvido.

A lamentar apenas que Márcio se preocupou em preservar o espetáculo, segundo ele admitiu, ao não expulsar o goleiro caxiense por fazer cera.

Aliás, outra coisa que os juizes fazem: não punem os goleiros que não deixam o jogo correr com o claro objetivo de levar vantagem.

Márcio constatou a infração do goleiro e não o puniu para 'preservar o espetáculo'.

Que espetáculo? Futebol é antes de qualquer coisa um esporte no qual estão em jogo muitos interesses, o mais insignificante deles é a qualidade a ser apresentada.

Futebol não é uma peça de teatro, um ballet, um show de rock, é um negócio que envolve muito dinheiro, e ganha mais quem sai do 'palco' vitorioso.

Então, Márcio errou ao não expulsar o goleiro, que, segundo ele mesmo, deveria ter sido expulso.

Logo no começo do jogo me pareceu ter ocorrido um pênalti a favor do Caxias. Será que ele viu e não marcou para 'preservar o espetáculo'? Afinal, um pênalti logo no começo desequilibra e prejudica de certa forma o tal espetáculo.

Em compensação, o juiz estendeu o tempo do 'espetáculo'. E aí é alvo de críticas.

Tempos estranhos...

quinta-feira, 10 de março de 2011

Mudança de esquema, inveja e secação

É preciso mudar o esquema. A frase é do presidente Paulo Odone, ainda assustado com o sofrimento para vencer o glorioso Caxias do mais glorioso ainda Éverton.

O presidente demorou, mas aderiu à minha tese: mudar antes de afundar.

Um time que aspira o título da Libertadores não pode levar dois gols do Caxias dentro de casa. De jeito algum.

Ou Renato ajeita essa defesa, acerta o meio de campo e afina o ataque, ou a caminhada do Grêmio na Libertadores vai ser mais curta que esperança de pobre.

Com todo o respeito ao Caxias, mas não passa de um Mazembe criado a galeto, massa e polenta.

Se o Grêmio fosse o Inter, o Mazembe da Serra gaúcha teria feito a festa.

Mas o Grêmio foi o aquele Grêmio que não se entrega, aquele Grêmio que orgulha os gremistas e causa inveja nos colorados.

Mas nem sempre esse Grêmio vai vencer na superação. Vide o recente fracasso diante do 'poderoso' Junior de Barranquilla.

É preciso acima de tudo jogar futebol, e isso implica em ter um sistema defensivo estruturado, um meio de campo organizado e um ataque criativo e definidor.

Repito o que escrevi aqui há algum tempo: aplicar o esquema com três zagueiros e um atacante (pode até ser dois, um centroavante e um jogador de movimentação e velocidade).

André Lima provou ontem que merece ser titular. Borges tem mais técnica. Mas André Lima joga com mais vibração, se envolve mais e tem tamanho de centroavante. Borges tem qualidades, mas prefiro o André Lima. Os dois juntos só em situações emergenciais.

Carlos Alberto precisa encontrar urgentemente o futebol que esqueceu em algum lugar do passado. Fazer como o W. Magrão, que esteve soberbo.

Além da vitória nos pênaltis, extraída a fórceps mais uma vez, o que aconteceu de mais positivo é que Gilson provou que realmente o Grêmio é muito para o seu futebol instável e nada efetivo.

Renato está impedido de escalar esse jogador de novo.

Gostei do Rodolfo. Mostrou bravura, vontade de vencer, indignação diante do resultado negativo, o que é raro nessa era de profissionalismo exacerbado. Foi expulso e levou um zagueiro com ele, um zagueiro que fez falta ao Caxias no finalzinho.

O Caxias reclama de excesso de minutos de acréscimo. O tempo dado foi correto.

O técnico Lisca, que fazia ótimo trabalho no Caxias, pediu demissão. Alegou que ele e sua família estariam sofrendo ameaças. Estranho.

Os técnicos caem fácil demais nesse Gauchão.

Por fim, espero que Renato comece a repensar seu esquema.

Ah, e Dagoberto não vem mesmo?

SAIDEIRA

Milton Neves, o Invejoso, diz em seu twitter a respeito do jogo de ontem: imortal mesmo é o cronômetro do juiz.

Ridículo. O cara não viu o jogo e emite opinião. E sem merchandising...

COPO SECO

Há tempos venho dizendo que a secação, o olho grande, em cima do Renato é impressionante. Ontem, o Caxias vencia por 2 a 0. Coleguinhas tinham orgasmo microfônico. Um deles disparou feliz: o Grêmio está tomando um banho tático. No minuto seguinte William Magrão descontou, abrindo caminho para acabar com o 'banho tático'.

No segundo tempo, silêncio sobre o assunto.

FECHANDO A CONTA

Dia 9 de março, uma data que vou comemorar anualmente. E não é pela conquista da Copa Piratini, claro.

O dia marca o novo nascimento de dois dos meus filhos, que capotaram ontem na freeway, vindos do litoral. Foi um cagaço. Felizmente, ambos estão bem, muito bem diante do estado do carro.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Renato, a folga e os secadores

Há muito tempo venho alertando que tem gente secando o Renato. A secação vem de tudo que é lado, inclusive de dentro do Olímpico. Na imprensa, então...

Quem acompanha programas esportivos, colunistas, etc, já chegou à igual conclusão.

Renato, é claro, dá munição. Gosta de brincar com fogo.

Essa história dos três dias de folga pode resultar em tiro de canhão contra Renato.

Se o Grêmio perder pro Caxias hoje à noite, mais pra quinta-feira do que pra quarta de tão tarde que é o jogo, muito secador vai tirar a máscara.

Agora, eu acredito que o Grêmio bate o Caxias, mesmo com o pensamento voltado para a Libertadores. E aí o pessoal da tocaia terá de engolir mais essa bravata do Renato e enfiar a viola no saco.

Se o Grêmio perder, com certeza não será por causa da folga, que considero uma decisão adequada porque a meta mesmo é a Libertadores.

O jogo desta noite é importante porque uma vitória dá o título do turno e permite que o time fique mais tranquilo para enfrentar os desafios que terá pela frente neste mês.

Então, apoio o Renato nessa.

Só volto a insistir que ele precisa dar um jeito no time. Sacar o Gilson, definir alguém para jogar ao lado de André Lima na frente e dar um jeito no Carlos Alberto, que não pode jogar improvisado fora de sua posição.

Quem sabe olhar com mais atenção para jogadores como Maylson e Mithyuê...

SAIDEIRA

Está feia essa briga no Inter. Racha de velhos companheiros. O Grêmio se entregou pra OAS. O Inter dificilmente escapa de 'parceria' com uma grande empreiteira, no caso a Andrade Gutierrez. Por trás de tudo, essa tal de copa do mundo no Brasil.

É por essas e outras que fui e sou contra a copa aqui. Quem mais lucra com ela são as empreiteiras e os políticos.

A Copa do Brasil, outra herança maldita da era Lula, que deixou entre outras coisas uma dívida de curto prazo de 128 bilhões de reais, tudo por conta da ilha da fantasia que ele criou.

terça-feira, 8 de março de 2011

Eu, um sobrevivente

Eu sou um privilegiado. Nasci no dia consagrado à mulher.

Talvez por isso me dê tão bem com elas; e elas comigo...

Como dizia um velho colunista social carioca: sorry, periferia.

Os cães ladram e a caravana passa, dizia ele também, o Ibrahim Sued.

Sou um privilegiado também por ser gremista. Poderia ser colorado. Não seria de todo ruim, mas não gosto de ficar imitando os outros.

Além disso, teria de suportar 23 anos de gozação gremista pelo título mundial de 1983, o primeiro de um clube gaúcho.

Acima de tudo sou um privilegiado pelos três filhos maravilhosos que tenho. É o meu maior e talvez meu único legado. Bem, tem a 1983, a Mazembier e a Kidiaba, que vem aí toda serelepe, saltando de bundinha.

Sou também um sobrevivente. Sobrevivi a oito anos do (des) governo Lula. Sobrevivi ao Collor, ao FHC, ao Sarney, aos ditadores.

Estou preparado, curtido, posso sobreviver também a Dilma.

Sobrevivi ao axé, ao pagode, ao sertanejo.

Sobrevivi à falência da velha Caldas Júnior. Caí e me ergui.

Sobrevivi ao título mundial do Inter, que me desnorteou tanto que saí da redação do Correio do Povo naquele dia cantando o hino colorado.

Há anos sobrevivo aos comentários do Zé Esquilo, ao Roth, ao Ricardo Teixeira, à Fifa.

Sobrevivi a um princípio de afogamento no rio Taquari, ainda criança. Submergi e fui salvo por uma fada, um anjo, talvez uma sereia.

Sobrevivi agora depois de percorrer 1.100 km no feriadão. As estradas estão cada vez mais perigosas. Já não adianta muito ser cauteloso, porque sempre pode aparecer um caminhão tombando na nossa frente.

Andei na BR 282, em SC, a poucos quilômetros do acidente que vitimou 27 pessoas da colônia de uma cidade gaúcha.

Vou sobrevivendo assim, vivendo um dia após o outro, sem pressa. O tempo faz a gente ser mais paciente, mais tolerante (nem tanto), mais compreensivo.

Agora, está começando a ficar difícil entender essa insistência do Renato com a dupla André Lima e Borges. O André já está chiando. E com razão. Ele joga fora de posição depois de amargar algumas temporadas de baixa. Ao lado Jonas, ele ressurgiu. Ao lado do Borges, ele pode ir para o banco de reservas. Nessa, estou ao lado do André.

Vou sobreviver também a isso. Só não sei por quanto tempo o Grêmio vai sobreviver na Libertadores se Renato não tomar providências e ajustar esse time.

sexta-feira, 4 de março de 2011

A brevidade da espuma de chopp

Vou resumir o que acabei de escrever e que na hora de salvar para publicar simplesmente desapareceu.

Desapareceu como o futebol do Grêmio sem Jonas (agora na seleção pra desespero de seus detratores) no ataque e Lúcio no meio.

O Grêmio conseguiu uma vitória a fórceps sobre o Leon. Foram dois gols daqueles achados, como quem vasculha um balaio na Feira do Livro e encontra um preciosidade por preço de banana.

A melhor chance de gol, com bola trabalhada, em todo o jogo, foi dos peruanos, no primeiro tempo, com Victor salvando a pátria.

Gillson mostrou que não pode jogar de titular. Bruno Colaço deve entrar no seu lugar imediatamente. Gilson é um jogador de começo e meio, mas sem fim. A não ser o fim da picada. Raramente conclui bem uma jogada.

André Lima e Borges juntos só porque a direção não contratou ninguém para o lugar de Jonas.

Insisto: Renato precisa implantar o esquema com três zagueiros e apenas um atacante de ofício, de preferencia que seja o André Lima.

Fora disso, a vida na Libertadores será tão breve quanto uma espuma de chopp.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Maquiavel e as propostas sedutoras

Foi a partir da união dos principais clubes do País que a TV (rede Globo) passou a pagar melhor, muito melhor, pelos direitos de transmissão dos campeonatos brasileiros.

O Clube dos 13, sob o comando de Fábio Koff, passou a ter poder de fogo, apesar de todas as suas divergências internas.

Agora, depois de tantos anos, outras empresas de comunicação estão diante da possibilidade de lucrar com esse filão.

Quem apresentar a melhor proposta, com valor mínimo de 500 milhões de reais, leva a competição a partir de 2012. Tudo muito claro, justo e transparente. Ao menos vendo assim de fora.

A atual detentora dos direitos, a Rede Globo, decidiu fugir da disputa, ou melhor, não entrar na disputa. Partiu para negociações diretas com alguns clubes.

O Grêmio, através de seu conselho de administração, vai negociar diretamente com a Globo. Outros grandes clubes devem seguir esse caminho.

A Rede Globo divulgou nota hoje explicando sua posição. Na verdade, não conseguiu justificar sua desistência de participar desse processo límpido e transparente.

A Rede Record seguiu o exemplo. Frisou em sua nota que o processo de 'licitação' é igual ao do Comitê Olímpico Internacional para os Jogos Olímpicos. E que a ideia é acabar com o monopólio.

Há um ponto preocupante no documento: a emissora só irá entrar no jogo se os clubes estiverem unidos. Ou seja, do jeito que está, cada clube brigando apenas pelo seu, a rede Record também ficará de fora.

A consequencia, que me parece inevitável, é a Globo continuar transmitindo o Brasileirão, mas agora sem a intermediação do Clube dos 13, que ficará esvaziado, perdendo sua maior razão de existir. Será que chegaremos a tanto?

Não é de duvidar-se que mais adiante os valores passem a ser cada vez mais reduzidos. A negociação individual num primeiro momento pode ser sedutora, mas com o tempo pode se transformar numa bruxa nariguda e desdentada.

Sem união, os clubes a médio ou longo prazo ficarão fragilizados.

Segue atual a tática do mestre Maquiavel: dividir para governar.

GORJETA

Será que entre as cláusulas para transmissão dos jogos o Clube dos 13 fixou o horário dos jogos da TV aberta nos dias de semana para algo como 20 horas?

SAIDEIRA

A Sandy como garota propaganda da Devassa. Só pode ser brincadeira. É agora que ninguém mais segura a Kidiaba, que vem aí logo, logo.

FECHANDO A CONTA

Há algum tempo venho destacando os problemas da bola pelo alto na área do Grêmio. Hoje, a ZH fez matéria de página inteira sobre o assunto. Título criativo: Medo de Altura.

Daqui a pouco todos vão estar falando e escrevendo sobre o que escrevi ontem: a solução para o Grêmio é o esquema com 3 zagueiros e um atacante de ofício. Se isso não acontecer, pago uma rodada de 1983 pra todos os botequeiros.

terça-feira, 1 de março de 2011

Sugestão para melhorar o Grêmio

Pode não ser unanimidade, e acho mesmo que não é, até porque não existe unanimidade em nada neste mundo, menos ainda no futebol.

Mas o fato é que muita gente já percebeu que a dupla André Lima/Borges é uma forçação de barra, uma tentativa desesperada na falta de alguém melhor para compor uma dupla
mais harmônica.

Muita gente já percebeu também que o sistema defensivo do Grêmio como um todo é vulnerável, por baixo e principalmente por cima. O adversário, mesmo o mais modesto, entra com facilidade na área e fica cara a cara com Victor.

Como resolver esses problemas? É fácil constatar, criticar, difícil é apontar soluções.

Analisando o grupo de jogadores à disposição do técnico Renato, vejo apenas uma saída para fortalecer o time, que realmente precisa melhorar se quiser disputar o título da Libertadores. Do jeito que está, fica no meio do caminho.

O Grêmio tem jogadores em abundância para a defesa. E jogadores de boa qualidade, alguns são muito bons, acima da média, e com características diversas.

O mesmo não acontece no ataque. Os dois melhores na verdade deveria disputar a posição de centroavante. Nunca jogar lado a lado. Contra adversários mais fracos, até pode resolver. Mas não há Cruzeiros na Libertadores.

Então, sem mais delongas, apresento minha sugestão:

O Grêmio deveria adotar o esquema 3-6-1.

Os zagueiros: Paulão (Vilson está lesionado), Mário Fernandes e Rodolfo;
Meio-campo:
Gabriel e Lúcio (Bruno Colaço) nas alas;
Adilson e F. Rochemback na primeira linha;
Carlos Alberto e Douglas na segunda linha;
na frente, André Lima (Borges).

Com essa formatação, o time ganha em consistência defensiva e não perde força ofensiva, nem agressividade.

O esquema permite que Carlos Alberto jogue mais adiantado (hoje ele está mais preso e não consegue jogar tudo o que sabe ou que sabia) ao lado de Douglas e Lúcio, os três chegando mais na frente, juntando-se ao atacante, formando um pelotão que alia técnica e velocidade.

É a minha (i) modesta contribuição.

Não, não quero o cargo do Renato. Talvez o do Odone, porque daí posso mandar no técnico. Com a vantagem também de impedir que o Grêmio deixe o Clube dos 13.